segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

O TEATRO PARTE X


Hoje  chegamos  a 10 o numero de postagens de material produzido pelos alunos do Curso de Teatro nas Férias realizado na Casa da Cultura de Teresina, promovido pela Fundação Municipal de Cultura Monsenhor Chaves da Prefeitura Municipal de Teresina.
O texto a seguir é do aluno Caio Jose Leitão Pires , estudante do curso de Direito da UFPI, que de aluno rapidamente se transformou em monitor....




O TEatro e quem sou eu
Por Caio José Leitão Pires

As duas últimas semanas deste último janeiro foram preenchidas com as aulas do Curso de Férias de Teatro da Fundação Cultural Monsenhor Chaves, que aconteceu na Casa da Cultura de Teresina, ministrado pelo Moisés Chaves. Assim, tentarei falar um pouco do teatro, do que significa e daquilo que é.
Em suas origens, a “segunda arte” liga-se à necessidades básicas do ser humano: representar seu quotidiano, sua visão de mundo, especialmente ligado aos rituais religiosos. Assim, o teatro foi evoluindo, adquirindo independência do culto, recebendo outras abordagens, como o surgimento da comédia como a tragédia de Téspis e as comédias de Aristófanes, ambos gregos. Estas mudanças chegaram aos dias de hoje, em que se encontram diversas formas de fazer teatro, de transmitir emoções, contar his(ou “es”)tórias, divertir,  entreter, ou mesmo suscitar consciência política em determinado grupo. A arte, em especial o teatro, possui este dom: chegar onde o discurso, a palavra solta não chegam, de alcançar as emoções, o íntimo do espectador.
Além desta visão “externa” do teatro, daquilo que produz em quem assiste, gostaria de destacar o que o teatro significa para aqueles que fazem parte dele. Para os mais incautos, atuar pode significar mero decorar de falas, algo mecânico. Ah, com estão enganados! O teatro é conhecimento, é domínio de si. Durante essas semanas, trabalhamos com nosso corpo (exercícios dolorosos, alongamentos...), com nossa voz (trava-línguas, aquecimentos, respiração) e até mesmo com a nossa imaginação, por vezes esquecidas quando a infância se vai. Todo esse processo é fundamental na entrega, na mágica aventura do teatro. É vestir um personagem, usar naquele momento o que a vida lhe dá; alegrias, angústias, lutas e sorrisos, a lembrança das pessoas com quem convivemos, as mínimas situações do quotidiano, que são dilatadas no palco. O ator é assim, aquela criatura que passeia no mundo do “não ser”, mas que poderia ser.
Dessa forma, deixo o relato desta já saudosa experiência em minha vida. Costuma-se dizer que quem lê viaja. De fato. Hoje posso, com toda a propriedade e satisfação, também afirmar: o teatro é o foguete que nos ajudar a ir além: além do que achamos que somos, além do que achamos que podemos ser, além do que o mundo diz que podemos ser, para chegarmos ao conhecimento de quem realmente somos.
Deixo por fim, estes versos, onde digo o que o teatro, o ser ator é pra mim:

“O ator é um patinho feio
Que cisne se descobre
Mas continua a rebolar
Pra lá e pra cá
Quaquá, quaquá”.

Teresina, 08 de fevereito de 2012.


Moises chaves
Rio de janeiro 11 de fevereiro de 2013

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