Hoje chegamos a 10 o numero de postagens de material produzido pelos alunos do Curso de Teatro nas Férias realizado na Casa da Cultura de Teresina, promovido pela Fundação Municipal de Cultura Monsenhor Chaves da Prefeitura Municipal de Teresina.
O texto a seguir é do aluno Caio Jose Leitão Pires , estudante do curso de Direito da UFPI, que de aluno rapidamente se transformou em monitor....
O TEatro e quem sou eu
Por
Caio José Leitão Pires
As duas últimas semanas deste
último janeiro foram preenchidas com as aulas do Curso de Férias de Teatro da
Fundação Cultural Monsenhor Chaves, que aconteceu na Casa da Cultura de
Teresina, ministrado pelo Moisés Chaves. Assim, tentarei falar um pouco do
teatro, do que significa e daquilo que é.
Em suas origens, a “segunda arte” liga-se à
necessidades básicas do ser humano: representar seu quotidiano, sua visão de
mundo, especialmente ligado aos rituais religiosos. Assim, o teatro foi
evoluindo, adquirindo independência do culto, recebendo outras abordagens, como
o surgimento da comédia como a tragédia de Téspis e as comédias de Aristófanes,
ambos gregos. Estas mudanças chegaram aos dias de hoje, em que se encontram
diversas formas de fazer teatro, de transmitir emoções, contar his(ou
“es”)tórias, divertir, entreter, ou
mesmo suscitar consciência política em determinado grupo. A arte, em especial o
teatro, possui este dom: chegar onde o discurso, a palavra solta não chegam, de
alcançar as emoções, o íntimo do espectador.
Além desta visão “externa” do teatro, daquilo que
produz em quem assiste, gostaria de destacar o que o teatro significa para
aqueles que fazem parte dele. Para os mais incautos, atuar pode significar mero
decorar de falas, algo mecânico. Ah, com estão enganados! O teatro é
conhecimento, é domínio de si. Durante essas semanas, trabalhamos com nosso
corpo (exercícios dolorosos, alongamentos...), com nossa voz (trava-línguas,
aquecimentos, respiração) e até mesmo com a nossa imaginação, por vezes
esquecidas quando a infância se vai. Todo esse processo é fundamental na
entrega, na mágica aventura do teatro. É vestir um personagem, usar naquele
momento o que a vida lhe dá; alegrias, angústias, lutas e sorrisos, a lembrança
das pessoas com quem convivemos, as mínimas situações do quotidiano, que são
dilatadas no palco. O ator é assim, aquela criatura que passeia no mundo do
“não ser”, mas que poderia ser.
Dessa forma, deixo o relato desta já saudosa experiência
em minha vida. Costuma-se dizer que quem lê viaja. De fato. Hoje posso, com
toda a propriedade e satisfação, também afirmar: o teatro é o foguete que nos
ajudar a ir além: além do que achamos que somos, além do que achamos que
podemos ser, além do que o mundo diz que podemos ser, para chegarmos ao
conhecimento de quem realmente somos.
Deixo por fim, estes versos, onde
digo o que o teatro, o ser ator é pra mim:
“O ator é um patinho
feio
Que cisne se descobre
Mas continua a rebolar
Pra lá e pra cá
Quaquá, quaquá”.
Teresina, 08 de
fevereito de 2012.
Moises chaves
Rio de janeiro 11 de fevereiro de 2013
textos assim fazem nossa missão valer a pena....
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