sou de teresina,ator e diretor de teatro formado pela escola de teatro gomes campos, e canto por que o instante existe o que me deixa um artista completo pois tambem já dancei, já fui contraregra, produtor executivo, professor de natação, diretor artistico, gerente de bar.... enfim um brasileiro que trabalha com muita dedicação no teatro e dirijo a ctc- companhia de teatro da cidade....
quinta-feira, 29 de janeiro de 2015
De que era mesmo que eu estava falando?
Há noites atrás eu tive um sonho
Era pra ter sido escrito o poema da Clara e da Glória.
Mas nenhuma palavra foi escrita, nem mesmo mal dita
e nem eu mesmo fui guardar na lembrança.
Foi uma daquelas coisas, que coisa esquisita
que não põe medo nem mesmo em criança
Pois eu permiti ser esquecida e agora que eu faço?
Eu quero lembrar e já não tenho esperança.
Que estranho eu ter esquecido do sonho
se o sonho era vivo, eu sei , quase estava lá
Se é que lá mesmo eu não estive
e isso foi apenas o começo da história
Pois era real o irreal de minha imagem
pois quando se dorme se esquece que vive.
Quando se acorda não lembra de tudo.
Que história é essa que só vive em dormir na memória?
Se isso foi sonho e dele não lembro
e por isso não digo, não falo não canto.
De que era mesmo que eu estava falando?
Mocha
Niterói 29 de janeiro de 2015
quarta-feira, 28 de janeiro de 2015
A ESPERA DO FRANGO ABATIDO
A espera do frango abatido
Mais um da série das coisas que
só acontecem comigo
Ir a feira ou ao mercado é uma
das atividades mais comuns em cidades de pequeno e médio porte, já nas grandes
com o advento dos deliverys, poucos se aventuram em coisas tão bucólicas e/ou
prosaicas quanto o fato de sair a caça de seu próprio alimento, mas muitos de
nós sabemos que desde tempos imemoriais ou das cavernas foi dado ao homem a
descoberta da necessidade dele precisar buscar informações de como chegar até a
esse alimento; viu, ou melhor ouviu pessoal do telemarketing, por que ler no
trabalho é praticamente impossível.
Peço desculpas por esta pequena
introdução, e talvez você fique se perguntando o que o frango abatido tem a ver com telemarketing
e com minhas andanças literárias, então vamos ao fato: Caminhar nos últimos
tempos tem sido uma rotineira e prazerosa tarefa, pois observar o mundo que me
cerca é uma das minhas atividades mais divertidas e sobre-humanas e ontem
quando minha irmã me solicitou que fosse comprar um frango abatido na hora pra
que ela o fizesse ao molho pardo, claro que obteve meu pronto atendimento e me
prontifiquei de levantar muito cedo e aproveitaria para retomar minha atividade
física , perguntei-lhe então a que horas o abatedouro abriria, ela me informou
que depois das sete...quando acordei, depois da higiene natural , coloquei o
tênis e lá fui eu atrás do estabelecimento de seu Hélio, o dono do tal
abatedouro, no meu percurso até lá , passei pelo morro do bumba, (alguém lembra
da tragédia?), e segui o meu caminho, observando as pessoas que atravessavam o
meu caminho, na grande maioria mulheres , atracadas literalmente a suas pequenas
bolsas de valores particular por medo obvio que algum larápio, seguro de sua
atividade e protegido pela justiça brasileira, surripiasse o suor de seu
trabalho, esse sim sem proteção alguma, homens engravatados dirigindo os seus
possantes pela estrada do viçoso jardim e outros tantos em pé de chinelos , de
bermudas e camisas nos ombros, mas uma coisa me chamou particularmente a atenção:
a quantidade de meninos vestidos de uniformes de futebol, alguns acompanhados
de suas mães, outros sozinhos, embora sei que existam,infelizmente não observei
nenhum pai entre eles , e outra coisa curiosa, é que o uniforme que era de um projeto
esportivo, tinha escrito o nome , pasmem: TIO SAM!, gentem, mais Barac, impossível!
Só se for nas Casas Bahia! Aquilo me chamou atenção de tal forma que não
resisti e puxei conversa com uma dessas mães que aguardava o transporte público
com o pequeno agarrado a sua mão, e ela então me conta que a esperança dela era
o filho ser descoberto por um olheiro e que fosse jogar em time grande e que
ganhasse muito dinheiro, então olhei pro garoto e perguntei se ele tinha um sonho, ela nem deixou o garoto abrir a boca e respondeu
que o sonho dele era ser famoso, comprar um iate, namorar uma atriz famosa da
tv, ser empresário de grupo de pagode e comprar uma casinha pra mãe dele, “-Num
é filho?”, o ônibus chega e eu fico na porta do abatedouro do seu Hélio, que
abriria depois depois das 7, lembram? E já eram 8h e 15min...e eu de repente me
pego pensado naquele menino, naquela mãe e naqueles 7X1, ali na frente do abatedouro de frango, e apesar de ser
um admirador de futebol, de ser torcedor apaixonado pelo meu River, em Teresina
e pelo glorioso Botafogo aqui no Rio, fico matutando se as falcatruas que
envolvem o mundo do futebol teriam alguma coisa a ver com isso, ou melhor, pior, caso queiram, com
aquilo e vejo que a corrupção é uma coisa comum no Brasil, e agora tenta chegar em outros esportes, vejam o
caso CBV, atravessando uma grave crise ética, porem os jogadores de voley, com
mais anos em bancos de escola e com mais brio entre suas pernas não baixaram suas
cabeças diante dos cartolas e batem de frente pela história e pela honra....puxa
vida 7x1, e já quase 9hs, quando de repente surge seu Hélio, de jaleco branco, era
o dono do abatedouro e eu já quase abatido pela espera percebo nele um personagem
misto de Fellini, Almodovar e Tarantino e ao levantar suas portas, passa a pedir
desculpas pela minha espera , o horário de verão deixava-o confuso e tudo om um
sorriso que tirou de mim qualquer suposição ou raiva, contou-me rapidamente ,no
tempo dele , sua pequena longa história de vida, um homem simples, de uma vida
simples, e me contava aquilo enquanto cortava o frango pela cabeça, tirava-lhes
as vísceras e, depenava-o..foi me contando que tinha agora poucos clientes e
que fazia questão dele mesmo atender e
sabia o nome de cada um deles. Quando terminou, fiz-lhe o pagamento em dinheiro
vivo, como dizem, mas pra mim era apenas mais um pedaço de árvore morta, com o
qual pagava por um animal que estava vivo e foi morto para alimentar seu
superior na cadeia alimentar, eu, justamente eu que me sentia abatido pelo meu
pensamento sobre os sete a um. Sobrevive melhor quem se finge de morto!
Depois que saí do abatedouro, com
o frango abatido dentro do saco, volto pra casa cansado e penso nos atendentes
de telemarketing, pois antes de encontrar pessoalmente com o dono , fui
informado por quatro pessoas dos horários que Seu Hélio abriria seu
estabelecimento, e os horários foram depois das 7h, as 8hs, as 8h30m e as 9h respectivamente
e pela falha de comunicação descobri que o tempo de seu Hélio é outro, então
que se respeite o tempo de seu Hélio....e o tempo dele não é o de verão! Então isso
tudo me deu sede, que tal um copo dágua......água?
Bom, ai isso já é outra história!
Mocha
Niterói 27 de janeiro de 2015
terça-feira, 27 de janeiro de 2015
A TERRA DE NINGUÉM
Quem um dia sonhou em ser alguém
saiu da própria terra, pensando
que era sua , mas descobriu que é de ninguém
Essa terra
medéia que mata os próprios filhos
pra atingir um
amor que seu nunca fôra, nem nunca será seu.
Sempre abre as pernas pra tudo o que for de fora
Mesmo sendo
Gaia, age tal qual urano quando não
permite
ver o sol, a quem está dentro dela.
Quando vir o
rebento , seu umbigo é sempre quase mal cortado
E como se fora
enterro , ele é jogado em pleno relento.
Uma tristeza tamanha , mesmo tanta magóa
era tanta espera
de quem vai pra fora.
Quando fora de
casa, procura seu rumo
quase nunca ri e
muito pouco chora.
È a seca chegando e ele recordando seu
triste lamento.
Mas ninguem se importa com a sua dor
pois ela é
somente sua, e sua própria terra nunca lhe deu nada.
Quando lhe perguntam - Que terra é esta?
E
ele quase grita - é terra maldita que ninguém mais acredita, e
que virou piada
lá pra outras bandas....
Mas isso é somente o seu pensamento e ele não responde
Pois se vira
verbo , dói na própria carne, e eu então respondo:
Essa terra é minha e eu sei que é minha e ninguem me tira
vou brigar por
ela pois eu sei que é minha e a quero de volta
muito lhe tenho
orgulho pois foi e sempre será o meu eterno berço
lhe tenho tanto
amor e isso é o que me gira
e dessa minha
dor , eu faço o meu samba.....
E assim começa uma nova história do povo sertanejo
Neste samba canção que dói no coração
por isso eu canto assim:
O meu boi viveu, ele não foi morto em plena serafim
O meu boi viveu e viva esse meu canto alegre,
O meu boi viveu e viva esse meu canto alegre,
pra que ninguém mais pergunte: o que será de mim?
Mocha
Calor carioca de 40 graus igual a minha terra, a verdadeira terra.
segunda-feira, 19 de janeiro de 2015
Poema do Nada
Por que as coisas acontecem?
Seja aqui perto na esquina,
seja em que parte do mundo,
ou dentro do coração.
De onde vem o destino, o mistério ?
De onde vem o ar que eu respiro?
Quem move o giro do mundo?
Quem inventou o sol e a lua?
Quem colocou as nuvens no cèu?
Quem colocou o que está embaixo da rua?
Quem foi que plantou o que faz o papel?
Quem é que sabe a resposta de tudo?
Quem é que suporta tamanho absurdo?
Eu sou um grão no universo
estrangeiro em minha própria terra
Que escolha que faço se fico ou regresso?
Que pergunta que eu faço?
E tudo e do nada eu fiz este verso....
Cuidado, as vezes o nada é o começo do todo.
Quem sair por último que apague a luz.
Mocha
Petrópolis
começo de noite quando o sol foi embora.
segunda-feira 19 de janeiro
sexta-feira, 16 de janeiro de 2015
O MATO E A MATA.
Dia de limpar o quintal
voce escolhe entre o mato e as plantas
a planta parece a mata
o mato é o que nos espanta
a mata é que move a vida
o mato é que mata a planta.
Matar o mal pela raiz
tirar todas as ervas daninhas
molhar as flores no jardim
tomar banho na mangueira
cachoeira de criança.
Cachorros que fazem o circo
alegria que gira em volta da casa
pulando embaixo da água
e tudo vira festança.
Brincadeira de matar o mato
limpando o jardim, regando as plantas
o bicho que olha da mata
observando nossa lambança.
Quando tudo parecer bobagem
é só observar o mundo com outro olhar,
com o olhar de uma criança.
Mocha
Petrópolis
dia de sol 16 de janeiro de 2015.
quarta-feira, 14 de janeiro de 2015
A DEMORA
Quanto tempo de espera
pode um homem suportar?
O tempo de se vestir
o tempo de se pintar
o tempo de se colher
o tempo de se plantar?
O tempo de si permitir
o tempo de se jogar
o tempo de investir
o tempo de si inventar?
O tempo de si parir
o tempo de se malhar
o tempo de si iludir
o tempo de se gozar?
Quantas esperas nesta vida
pode um homem aguentar?
Não espera nove meses
ele não sangra em 30 dias
não espera o que é normal
não faz festa , nem folia.
Qual é o tempo do homem?
tudo acaba em um minuto
em segundos ele dizia
que o tempo em que ele vive
não é o ontem, mas o agora .
Ele tem uma mão em seu passado
e na outra ele carrega o futuro
que ele espera pra fazer
o que o outro não faria.
Mocha
Petrópolis
manha de calor no vale dos esquilos, de alguma forma perto de Teresina
sábado, 10 de janeiro de 2015
O ÚLTIMO CIGARRO
Já não posso perguntar
se foi bom para você?
Há três dias eu parei de fumar
já não se embriagarás do hálito
de rum com o cheiro do cigarro.
Não precisa mais das essências de morango,
pois eu fumei o último cigarro.
Agora podes beijar a minha boca
sem ter nojo do escarro.
Não importa ser feliz com a fumaça
essa cortina que virava nossa muralha de jericó.
Abre a janela do quarto, deixa o vento levar todas a s cinzas
e não precisas mais pedir , nem ajoelhar
pro teu amor parar de fumar.
Há tres dias eu fumei o meu ultimo cigarro
e o nosso amor eu não esqueço.
Mocha
Petrópolis
10 de janeiro de 2015
sábado, 3 de janeiro de 2015
O amor precisa ir.....
O amor precisa ir
voce precisa deixar ele sair
voce tem que entender que
o amor é coisa que não se prende
o amor não se acorrenta, ele que é corrente.
Deixe-o partir
pois o amor precisa ir
pode ser um tsunami
pode ser em marcha lenta
mais o amor precisa ir....
Quando se ama
temos medo de perder
mas ninguem quer entender
que o amor precisa ir
Deixa, vai , deixa ele sair
abra as portas e as janelas
apague a cortina de fumaça
leve a mala e
lave a alma
e se chorar que seja breve
pois o amor precisa ir....
Ninguem para de sentir
quando se tem um grande amor
se entrega na loucura,
e na loucura possuir
mas voce tem que entender
que o amor precisa ir....
Só se sabe se tem volta
se voce abrir a mão
e deixar ele sair...
ah , se voce soubesse
que o amor maior é aquele que não prende
e a corrente que nos une é maior do que o sentir.....
Ah ! Amor, será melhor se voce for
e se voltar , eu vou sorrir.......
Para entender que o amor precisa ir!
voce tem que abrir a mão
deixar livre o coração
acordar da ilusão que só é seu o grande amor
se deixar ele partir.....
Vai amor, pode partir meu coração
eu entendo essa paixão, essa quase ilusão
mas se é amor que voce sente,
se realmente for amor
para ser o grande amor
ele realmente tem que ir...
" O seu amor, ame-o ou deixe....."
Mocha
Niterói 03 de janeiro de 2015
manhã
quinta-feira, 1 de janeiro de 2015
Noite de reveillon
Quando chega a meia noite
é o sinal de um novo dia
o ano novo que sempre começa
o feliz ano velho que termina.
Vamos todos a la praia
com as mãos em plenas palmas
cores que se misturam
flores que irão para o mar
o estouro da bolha de espuma
uma energia que acende o olhar
é um encanto, uma leveza
um deslumbramento com os fogos que brilham no céu.
Vejo cada sorriso
percebo cada desejo
um abraço em quem está perto
um estouro de som e essa magia.
Sete ondas pra pular, doze uvas pra comer
cada um inventa a sua própria simpatia.
Entre o choro e o sal do mar
não há branco, nem o preto
não importa de qual canto vem aquele
nessa hora todo mundo é um amigo, é um irmão.
Esse breve instante de felicidade
que levamos com a gente
quando bate uma saudade...
Batem os sinos e vem o sol que se anuncia
quando o sono bate e janela que se fecha é um acalanto
e esse momento, vira sonho, vira a festa da alegria!
Mocha
noite de reveillon no Leme, Rio
entre o 2000ecatarse14 e o começo de 2000esalto15
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