domingo, 18 de dezembro de 2016

Vaso de Paixão.





Dizem por ai que vaso ruim não quebra
nem com pedra, nem com murro
Mas eu sei que ele é montanha que nunca enverga
Solitário e tão seguro, ele é porto de muito amparo.

Mas barro do que louça, já foi lama e não areia
Tão duro e tão frágil, amolece com o suor 
com as lágrimas se derrete, não parece coisa pouca
esse vaso que não quebra, me deixa quase louca.

E quando ele se faz carne endurece em minhas mãos
faça frio em nosso forno, um calor que aquece a alma
De tão duro, o vaso rompe, baixa a cabeça então se encolhe
um herói que foi vencido pelo esforço que é a paixão.


Mocha , 
manhã de domingo dezembro /16 em Niterói

segunda-feira, 12 de dezembro de 2016

Ancestrais






Eu não preciso mais saber quem eu  sou
já entendi ontem o que já fui outrora
o mar de longe  trouxe a minha história
um  navio espelho, cruzou distancias e chegou aqui.

Tanta raridade, muita força e dança
uma esperança que me diz pra ouvir
Escuto lamento, uma dor inglória
qual  será a  história  que ainda está por vir

Encontrei as almas presas na memória
guardadas nas mãos livres de quem vê agora
dança em toda roda, contando as histórias
de meus ancestrais que ainda vivem em mim.

Mocha
Luis Correia, antiga Amarração dez/2016