quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

A LUZ DE PETRÓPOLIS....

o meu amor por Petrópolis






Andei em uma fotografia
ela saiu da parede e foi pro meio da rua
uma cidade vestida de um véu de neblina
em pleno dia uma luz azul que fica perto do céu
um verde que corre perto de voce
pelos becos pelas vias
quando chega a noite
a fotografia não volta pra parede
ela entra nos meus olhos
se veste de minha  alma
e atrevessa o meu corpo
uma transversal do tempo
tempo passado jamais ausente
tempo futuro que nunca é presente
em cada tijolo um pedaço da história
 em cada torre um castelo
em cada rua vejo peças de xadrez
olho no rosto  e nos olhos  do outro
vejo uma cor sépia brilhante
parece um filme em cores vibrantes
um preto e branco que não envelhece
busca um lugar em minha memória
onde fica essa coisa que nunca se esquece
isso sempre acontece na cidade de pedro
um templo de amor ,  um tempo de glória.

Moises Chaves madrugada com lua perto da pedra de Itaipava no Vale dos Esquilos, 1 de março de 2013

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

ÁGUA NOTURNA



a hora do chá se espreita
gotas caindo lá fora e na mão
Desejo de madrugada
cachoeira durante o dia
uma volta ao eterno começo
uma oferenda pra se aguardar
uma noite revela um quarto as escuras
a luz da lua de noite de chuva
começa a se embrenhar no lençol
clara mensagem em pardo papel
o que não se escreve
é o que se mais ver
basta olhar de novo o desejo
do outro lado da lua
a face oculta que não se esconde
apenas se espia......

Mocha, petropolis, dia 27 de fevereiro de 2013

sábado, 23 de fevereiro de 2013

Moda de Casa












 


eu não ando de salto alto
eu gosto de caminhos tortos
eu não meto a mão se eu  não conheço
eu olho nos olhos
eu pergunto preço
eu queria não querer o que é belo
ou o que eu mereço
eu gosto de andar na noite
eu madrugo não amanheço
eu escuto musica boa
pelos amigos eu  tenho apreço
gosto de praia vazia
pouca gente  já é folia
adoro comida fria e gosto tambem de comida quente
eu não jogo conversa fora
eu ouço histórias dos outros
eu conto  com a magia
eu gosto de roda de samba
de gente dançando
de festa que não se anuncia
eu gosto de pouca coisa, eu  gosto de poesia

Mocha, 23 de fevereiro de 2013

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

CACHORRO NA GARAGEM



os espíritos rondam a noite
os bons e os maus
uma democracia involuntária
os copos se enchem de noite
os corpos esperam o dia
os poetas tecem a noite
um sol de melancolia
a madrugada é uma paisagem
que guarda nos olhos uma folia
uma folia silenciosa
que só com a luz do sol se irradia
não existe meia noite
somente uma noite inteira
um festejo de alegria
não bastam meias palavras
tão pouco essa meia verdade
apenas um breve olhar que acaricia
uma fraca luz que brilha intensa
que faz no escuro esse tecer dessa magia
de uma lua que quase nunca se esconde
a espera do sol que se anuncia!

o cachorro na garagem canta de galo
me  olha com um olhos  de quem me  vela e   que me cria.

Moises Chaves, tres da madrugada carioca do dia 22 de fevereiro de 2013.....

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Esse calor


Esse Calor



Não foi eu que inventou  o fogo
Não fui eu que soprei do mar
Mas sou que subo o morro
Sou eu que vou transpirar
Quase morro de calor
Fui a pé  atrás de ti , eu fui andar
Caia na pista, fui na avenida eu fui pra  rua
Sai  morto de sede sai  a lhe procurar
Voce  não estava na vitrine
 Você nem estava em nosso bar
Então eu bebo  pois se não bebo , vou rachar de tanta sede
Então eu rezo pois se não creio, vou morrer em frente ao mar
Fiz um samba pra refrescar  esse calor
Fiz este samba pra aliviar a minha dor
Eu bebi muito pra esquecer o seu amor
Mas eu   não deixo de sentir esse calor
Mas eu  não deixo de sentir o nosso amor
Quanto calor  e esse  calor , a nossa chama ,
O nosso amor.....que eu não paro de sentir
E que eu não posso abandonar
Nesse calor  só quero  me afundar  em tuas aguas
Esse refresco que é teu corpo a me aclamar
Esse clamor, esse calor....esse cantar!

Moises Chaves, Rio 20 de fevereiro de 2013

terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

O SILENCIO DO TROVÃO

Deu uma saudade de Sophie, da Java, do Lupi, , da Bubu, da Lassie e do Boca......



O SILENCIO DO TROVÃO










Ficar em silencio em meio a multidão
é falar e ouvir a si próprio
e ter voce por um segundo nas mãos
Fazer silencio
não é calar o momento
é escutar a velocidade do vento
e ouvir voz do trovão
Pedir ao silencio
é fazer na alma uma oração
Ouvir o silencio
as vezes é a melhor canção.

Moises Chaves
sábado, manha carioca de muito calor 16 de fevereiro de 2013

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

BOÊMIA SEM VOLTA...


Sou acima de tudo uma pessoa que gosta de ouvir histórias, as vezes do nada eu to na fila do banco, e aparece uma pessoa e começa a me contar a sua vida, e no sabado eu ouvi uma história de vida que dá um filme.....ou um poema!
 Para Marlene




MAIS UMA DOSE NESSE CORPO
PRA ENTORPECER  A MINHA DOR
EU SOU A PESSOA DA  SEGUNDA, DAS SEGUNDAS INTENÇÕES
ELE ME  PROCURA SE ESTA BEBADO
ELE  FICA DE JOELHOS E IMPLORA O MEU AMOR
EU FICO DE QUATRO NESSE ATO
EU ME ACABO SOU DE QUINTA 
MAS NÃO TENHO DIREITO ABSOLUTO
POIS TUDO ACABA EM PLENA  SEXTA
SOU MARLENE DIAS TRISTES
NÃO sou SEU    AMOR  PRIMEIRo
EU SOU O SEU LADO ESCURO
SOU O FOGO QUE LHE QUEIMA
NO DESERTO SOU SUA ÁGUA
EM NOSSO CONTO SOU SAFADA
MAS NÃO SOU SEU ANJO AZUL
MUITO MENOS TENHO COR
 NA HISTÓRIA DESSE AMOR
SOU SEU ULTIMO TANGO
 UMA ESCALA EM PARIS OU NITERÓI
ERA APENAS UM QUARTO ESCURO
COM SEU ABAJUR LILÁS
SOBRE  A CAMA POUCA ALMA  TANTOS COPOS
TANTAS DOSES  E ALGO MAIS
EU NÃO MAIS  GRITO NÃO CANTO NEM RIO
ELE BATE  A PORTA E CALA A VOZ
 ELE NÃO TEM CORAÇÃO E  NEM SE VOLTA PRA ME OLHAR
A VOZ ROUCA DO CIGARRO não consegue murmurar
MAIS UMA DOSE  , UM SÓ GOLE E UMA LÁGRIMA
E no meio disso tudo  UM SORRISO DE AMARGAR.

Mocha rio 15 de fevereiro de 2013

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Trégua

fiz na segunda e só agora estou colocando no blog.....



Não importa se é barbie, ou se está Bêbada
se não fala a minha lingua
se não sou de sua patria
são olhares que se cruzam
no meio da multidão
um sorriso que se diz e pede tudo
nem precisa do frances
muito menos do alemão


de repente um beijo quente
com saliva de cerveja
a fumaça do cigarro parecendo uma névoa
uma cena de cinema
que acontece bem no leme
um aceno quando embarca no navio
levanto o lenço e um abraço de Adeus
Carnaval  que  vai embora...

Mocha
Rio de Janeiro, 12 de fevereiro de 2013 manha de puro sol

terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

o homem, a cadeira e o mar






ELE SENTAVA SEMPRE  EM SUA CADEIRA
ELE SENTAVA SEMPRE NA BEIRA DO MAR
NÃO ERA SEU  JEITO DE SALVAR VIDAS
ERA APENAS  SEU JEITO DE AMAR O MAR
NUNCA CONHECEU UM PRECIPICIO
SEU OFICIO ERA OBSERVAR  O AMAR
ONDA VEM ONDA VAI ONDA LEVE LEVA
ELE IA E VINHA , ELE VINHA E IA
ELE IA E VINHA SEM NEM MESMO SAIR DO LUGAR
PODERIA SER VENEZA
OU QUEM SABE HAVANA
MAS NÃO HAVIA LUGAR PARA ELE
POIS ERA SEU LEME
E ELE ERA O SEU PROPRIO NAVIO
NAVIO SEM PORTO
APENAS A CADEIRA, O HOMEM E O MAR
A JUVENTUDE ESSA JUSANTE A MARÉ
LHE ENTREGA TUDO
SEM NEM MESMO ELE  PUDESSE IMAGINAR
MAS O SORRISO JUVENIL
LHE PARECIA UM BÁLSAMO
E ELE ALI EM SUA CADEIRA
PARECIA CHORAR
ELE NAVEGAVA EM SUAS PROPRIAS LÁGRIMAS
ELE NAVEGAVA SEM ENTRAR NO MAR
ERA ELE, O VENTO E A MARESIA
A ÁGUA LHE  PARECIA UMA BREVE  CARICIA
E EM SEUS PÉS O MAR VINHA SE  LAVAR
LAVAR-LHE A ALMA E O CORPO  EM BRISA LEVE
UMA SALIVA DOCE DO SOL E DO SAL DO MAR
ERA FIM DE TARDE QUANDO ELA CORA
E TODOS VOLTAVAM PARA SUAS CASAS
MENOS O HOMEM , A CADEIRA E O MAR


moises chaves
rio de janeiro 12 de fevereiro de2013

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

O TEATRO PARTE X


Hoje  chegamos  a 10 o numero de postagens de material produzido pelos alunos do Curso de Teatro nas Férias realizado na Casa da Cultura de Teresina, promovido pela Fundação Municipal de Cultura Monsenhor Chaves da Prefeitura Municipal de Teresina.
O texto a seguir é do aluno Caio Jose Leitão Pires , estudante do curso de Direito da UFPI, que de aluno rapidamente se transformou em monitor....




O TEatro e quem sou eu
Por Caio José Leitão Pires

As duas últimas semanas deste último janeiro foram preenchidas com as aulas do Curso de Férias de Teatro da Fundação Cultural Monsenhor Chaves, que aconteceu na Casa da Cultura de Teresina, ministrado pelo Moisés Chaves. Assim, tentarei falar um pouco do teatro, do que significa e daquilo que é.
Em suas origens, a “segunda arte” liga-se à necessidades básicas do ser humano: representar seu quotidiano, sua visão de mundo, especialmente ligado aos rituais religiosos. Assim, o teatro foi evoluindo, adquirindo independência do culto, recebendo outras abordagens, como o surgimento da comédia como a tragédia de Téspis e as comédias de Aristófanes, ambos gregos. Estas mudanças chegaram aos dias de hoje, em que se encontram diversas formas de fazer teatro, de transmitir emoções, contar his(ou “es”)tórias, divertir,  entreter, ou mesmo suscitar consciência política em determinado grupo. A arte, em especial o teatro, possui este dom: chegar onde o discurso, a palavra solta não chegam, de alcançar as emoções, o íntimo do espectador.
Além desta visão “externa” do teatro, daquilo que produz em quem assiste, gostaria de destacar o que o teatro significa para aqueles que fazem parte dele. Para os mais incautos, atuar pode significar mero decorar de falas, algo mecânico. Ah, com estão enganados! O teatro é conhecimento, é domínio de si. Durante essas semanas, trabalhamos com nosso corpo (exercícios dolorosos, alongamentos...), com nossa voz (trava-línguas, aquecimentos, respiração) e até mesmo com a nossa imaginação, por vezes esquecidas quando a infância se vai. Todo esse processo é fundamental na entrega, na mágica aventura do teatro. É vestir um personagem, usar naquele momento o que a vida lhe dá; alegrias, angústias, lutas e sorrisos, a lembrança das pessoas com quem convivemos, as mínimas situações do quotidiano, que são dilatadas no palco. O ator é assim, aquela criatura que passeia no mundo do “não ser”, mas que poderia ser.
Dessa forma, deixo o relato desta já saudosa experiência em minha vida. Costuma-se dizer que quem lê viaja. De fato. Hoje posso, com toda a propriedade e satisfação, também afirmar: o teatro é o foguete que nos ajudar a ir além: além do que achamos que somos, além do que achamos que podemos ser, além do que o mundo diz que podemos ser, para chegarmos ao conhecimento de quem realmente somos.
Deixo por fim, estes versos, onde digo o que o teatro, o ser ator é pra mim:

“O ator é um patinho feio
Que cisne se descobre
Mas continua a rebolar
Pra lá e pra cá
Quaquá, quaquá”.

Teresina, 08 de fevereito de 2012.


Moises chaves
Rio de janeiro 11 de fevereiro de 2013

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

O TEATRO parte IX


Mais um da Série material produzido por alunos do Curso de teatro nas férias realizado na Casa da Cultura de Teresina , da Fundação Municipal de Cultura Monsenhor Chaves da Prefeitura Municpal de Teresina.
o texto de hoje é da aluna Luciana Carvalho, estudante do sexto período de administração e futura advogada.....



TEATRO  por Luciana de Paiva Carvalho






Na sua essência teatro significa uma forma de arte em que um ator ou u conjunto de atores interpreta uma história ou atividades para o público, onde o espetáculo tem por objetivo  apresentar uma situação e despertar sentimentos  neste público, sendo assim teatro é uma forma de comunicação em que o nosso corpo sente e deseja passar isso verdadeiramente para o publico.
O teatro surgiu muito tempo atrás, no período do homem primitivo que através de danças, imitações ruprestes e brincadeiras representavam seu cotidiano, mas ele foi formalizado mesmo na Grécia, quando o corista Téspis pintou seu rosto e dialogou com o coro.
Prá se acontecer uma peça teatral é preciso oito elementos: o ator, o diretor, o dramaturgo, o publico, o figurinista, o cenógrafo, o iluminador, o sonoplasta. Cada elemento desses citadostem cada um sua função e sua importância.
O teatro é um forma de descobrimento de seu corpo, dos seus limites, , da sua identidade. Quem faz teatro aprende muitas técnicas, aprende a conhecer e a dominar a técnica do koshi, que é muito importante para nossa voz e nossa postura, aprende a fazer interpretação, memorização e improvisação, a prende a passar para o público uma verdade uma verdade, mesmo não sabendo qual seja ela, e principalmente  quem faz teatro aprende  a como viver a vida  de uma forma mais proveitosa, aprende a obsevar cada detalhe, a ter mais prazer em utilizar seus próprios sentidos e como fazer com que o o outro também sinta isso.
Fazer teatro é muito mais do que só escrever uma peça, dirigi-la ou até mesmo interpretá-la, fazer teatro é uma forma de viver uma verdade que não seja real na sua vida e fazer com que as outras pessoas pasem a vivê-la também, fazer com que o público sinta tudo o que se passa dentro do personagem  ou acontecimento.
Com o teatro temos a capacidade de absorver técnicas usadas para montar um espetáculo e também a praticá-las no nosso cotidiano quando necessário for, alem de perdermos o medo de tentar o novo, perdermos o medo de ser por um breve instante a atração, e conseguimos também ver coisas ao nosso redor e encaixá-las no teatro, como palavreados específicos para alguns personagens e posicionamentos diante de alguns acontecimentos.
Teatro é isso, é amor, é paixão, é entrega, é se doar, não apenas por sentir prazer nisso, mas para também dar prazer para as outras pessoas.