sou de teresina,ator e diretor de teatro formado pela escola de teatro gomes campos, e canto por que o instante existe o que me deixa um artista completo pois tambem já dancei, já fui contraregra, produtor executivo, professor de natação, diretor artistico, gerente de bar.... enfim um brasileiro que trabalha com muita dedicação no teatro e dirijo a ctc- companhia de teatro da cidade....
sexta-feira, 24 de março de 2017
Quanto tempo
Quanto tempo dura o rio pra chegar a próxima curva,
ele corre lento, em pura correnteza?
Quantas pedras cruzam nossos caminhos , que as vezes seguram as nossas turvas lágrimas.
Não posso precisar o tempo das coisas
como o vento que chega até o meu nariz
Apenas olho o rio que corre ao longe
como chuva na cacimba que deixa o chão tão molhado
uma terra seca que a lágrima esfria.
Como um leite quente em minhas mãos
depois de um gole de café , esse alimento em nossa varanda.
essa minha vereda de quase salvação;
A agua varre a terra estrada, e deixa molhado todo o meu caminho.
Que tempo é esse que não passa, passa devagarim
uma belezura, é quase passarim.
Uma briza que nos sopra , um cheiro de flor
mas saber espinhos.
Deixo me cortar e furo os meus dedos como há contar as horas, saber de dentro do meu próprio sangue
que escorre lá fora a todo tempo.
Eu quase choro pelo mundo, pelos imundos
e fico triste pelas mazelas que nos chegam pelas telas , pelas janelas
por todo lado, a todo momento
Quem tem tempo para chorar , para sorrir
Quem tem tempo para parar, pra ver o rio
aquele que passa em minha aldeia
e saber também da aldeia do outro, lá também tem rio
um rio de sangue, uma avalanche em país tão baixo
de homens vis que em meu país há tanto tempo roubam
Nos roubam sorrisos, querem os nossos dentes
Mas eu sigo em frente, de vez em quando paro pra ver a chuva
que neste momento, tem sabor de lembranças ao vento
Precisamos saber que depois da noite escura
vem um dia novo, uma nova vida que todos esperam.
Quem espera o tempo? Ainda tem aqueles que esperam há tempos. Tempo, tempo, tempo....Não temos tempos há Temer.
Mocha
águas de março na cacimba velha
quinta-feira, 16 de março de 2017
Cobrança.
Eu fui Adão, eu fui a Eva
Eu vi a cobra em pleno paraíso
Dos que me falam, eu nem sempre ouço
Os que não escutam, mandei as favas.
Fiquei sem roupa e perdi a linha
Ao ser expulso, ganhei o rumo
Eu tenho escolhas pois a vida é minha.
Nas mãos de Deus o cordão que guia
Na lingua dos outros, posso virar farinha
Melhor morar apenas em teus olhos
Vivermos juntos esse dia a dia.
Alguém bate a porta
eu pulo a janela
pois que venha o outro
a quem eu dedico, esta poesia.
Mocha
Manhã de março, sitio santa Rosa
Assinar:
Postagens (Atom)