sexta-feira, 27 de novembro de 2015

Calor sem sede.



Eu fico pensando , era um rio doce
que vinha de minas e corria pro mar.
No calor da tarde quero um copo dágua
uma imagem plena de cidade pequena ,
 mas não existe bela que resista a esse meu querer.
Vejo tudo parado e sinto somente  que o tempo pára 
durante esta imagem de uma  falsa estação.

Não existe pecado pra quem mora ao lado
e na tarde que espero seja pouco fresca, 
esse fogo tão louco , que só nos resta  encerar a siesta.
Uma brisa tão brasa que afeta o nosso juízo, e nada fazer
seja talvez o maior de todos os castigos.

Não há sessão de cinema 
talvez um picolé ou pote de qualquer sorvete
na ilusão de afugentar esse vento tão quente.

Sem oriente em nosso ocidente
tropeçar nos trópicos sem nem mesmo levantar da rede.
só mesmo a água de uma mar de lama que nos oferecem pra matar a sede.

Mocha
belo poema  da tarde quente.

quinta-feira, 26 de novembro de 2015

Não Adianta.




Ficas horas no espelho de tua alma
sem que nada , nem o claro se revele
Brincas com todos e com todas e em nenhum momento
se permite entrar em  jogo sério.

Fazes o que queres pois não tens nenhum desejo
perde-se sempre em labirintos que provocas
e mesmo se enreda em mentirosas e cruas  histórias.

Esse riso fácil que escancaras em coloridos flashs
nada revelas pois tudo e muito  tens a te perder
Pensa sempre que o jogo está ganho pro teu lado
Que lado é esse que te guarda a tua sombra?

Corra pra luz e escolha um bom caminho
onde uma boa mão há de segurar então a tua.
Se mostra tanto que abusou de tuas curvas
quando o melhor é poder ver-te  a alma nua.

Mocha
manha de novembro
sitio santa rosa.

quarta-feira, 11 de novembro de 2015

FURTA COR




Quem se importa com a cor do outro
ele pode ser de qualquer matiz.
Onde imaginamos a ausência
ali existe a mesma essência , a mesma raiz.

Somos feitos a nossa imagem e semelhança.
Não somos aparentes, somos da mesma parecença
frutos da mesma ciência.
Somos filhos da mãe natureza 
e o nosso pai é o senhor de todas as coisas.

Somos o espelho do mundo 
e nos refletimos em cada ser
Então, que reflexo voce é?
Sua arrogância e prepotência de nada valem
pois a terra que te cabe é a mesma que cabe a todos nós.

O mundo gira e voce fica parado em seu enredo 
cheio de medo e preconceito.
Seja uma tela e se revele
pinte  sua vida de todas as cores
cores alegres e cores tristes

só não permita que se passe em branco.


Mocha
pça do Liceu, manha de sol em pleno novembro

sexta-feira, 6 de novembro de 2015

Nunca mais postei nada,  desde junho de 2015 que estou sem notbook e confesso que não tava tendo saco de entrar numa lan house  e ficar horas em um terminal sendo observado pelos colegas de cabine ao lado. Mas hoje pela manha enquanto vinha pela estrada da cacimba velha em direção a Teresina fiquei pensando em amor e geografia....e deu nisso



Caminhos do teu corpo

Na quarta curva de teu corpo
encontrei o meu caminho
Percebi que em teu relevo eu me elevo
e levito entre teus montes pra alcançar o nosso cume.

Entre cavalgar e ser tão manso
nós ficamos em nosso Rio
Quando bebo em tua fonte
alimento o nosso ninho.

Na despedida da manhã
nos perdemos novamente
até que chegue o teu retorno
pois tua marca é para sempre.

Nosso novelo que espalhamos pela estrada
eles se cruzam e permanecem em pergaminho.


Mocha
manha de novembro no sitio da cacimba velha.