quarta-feira, 22 de abril de 2015

Minúsculo Poema







Quisera eu fazer um pequeno poema
que dissesse tudo como se principia toda essa manhã.
Um poema curto que não tivesse custo
mas que tivesse a duração de um suspiro longo, 
qual cantiga antiga de um só refrão.
Um poema paixão como letrinhas de toda brincadeira, 
como criança que gira em volta da mesa, 
que pula em cima da cama, pinta a parede da casa
roda que nem um pião, que brinca comigo ,
me faz de papelão. 
Derruba as coisas pelo meio da casa e me faz rir e chorar por qualquer besteira, essa coisa  tamanha chamada emoção.
Quando chega o momento de se dizer o poema
a minha palavra cala, pois quem fala agora é o coração, 
esse minúsculo músculo
que  palpita em cores
esse impulso que embala meu peito
que faz bater mais forte com os pés no chão e 
levita minha alma.
Quando se abre a porta da casa
 e  entrasse o sol, esse raio de luz que faz
brilhar  meus olhos.
Essa pequena coisa que faz reviver tanta coisa  velha,  
essa tal criatura que é uma  criança e  que me deu este poema
e esse meu poema agora, virou uma canção!


Mocha
pros filhos do meu coração.
Sitio santa Rosa, manha de chuva quando as crianças foram embora.