sou de teresina,ator e diretor de teatro formado pela escola de teatro gomes campos, e canto por que o instante existe o que me deixa um artista completo pois tambem já dancei, já fui contraregra, produtor executivo, professor de natação, diretor artistico, gerente de bar.... enfim um brasileiro que trabalha com muita dedicação no teatro e dirijo a ctc- companhia de teatro da cidade....
domingo, 29 de dezembro de 2013
O MEDO DO AMOR NUMERO ZERO
O Amor não tem principio
o amor é meio
é vida sem fim.
Para amar esqueça o medo
mergulhe fundo e abra os olhos
respire fundo e nada espere.
Amor não precisa de nada
nem de troca nem de troco
amor é para poucos que são muitos
olhe perto e vá mais longe.
Amar não tem receita, nem regime
amor não tem disfarçe
amar não é uma arte
amar não tem sequer uma porta
é só um caso a parte do outro lado da janela.
Amor não tem um porto
amor não tem navio
amor começa quando
voce menos espera
Quando a paixão está por perto
o amor fica á espreita
Amor verbal
Amor carnal
Amor transcende
O sujeito que não ama
que nenhuma chama acende
pelo medo de amar
não se sujeita e nunca aprende
volta a ser um zero a esquerda
nem um ponto e uma virgula
nem isso compreende muito menos
a linha e o linho, nem a abelha nem a flor.
Quem tem medo de amar, tem o medo de ser gente.
tem o medo de somar e de ser dois
sendo um e o que o outro sente.
Mocha, 27 de dezembro perto da lagoa noite em Saõ Luis/MA
quinta-feira, 24 de outubro de 2013
cinco 5 cinco
Sempre gostei do número cinco, gosto de contar as coisas nos dedos, pensei muito e resolvi em cinco minutos escrever cinco palavras que viraram vinte cinco depois cinquenta, depois pensei em cinco horas que poderia haver mais outras tantas entre os cinco continentes, os cinco elementos, os cinco sentidos, as cinco vogais.....
flora fauna selva
relva pulsa seiva
âmbar barco ruína
átomo morro salva
tombo cairo mouro
moita meiga morta
poema cinco finda
quero funda marco
pular cerca queda
agora tomar caldo
celso calor vista
visão plena poeta
tanta tinta falsa
sinto muito tanto
cinco quase falta
canto conto palma.
Mocha
um poema quase matemático.
flora fauna selva
relva pulsa seiva
âmbar barco ruína
átomo morro salva
tombo cairo mouro
moita meiga morta
poema cinco finda
quero funda marco
pular cerca queda
agora tomar caldo
celso calor vista
visão plena poeta
Régua troço posso
Fosso gruta morna
Penis pinta torta
Gesso fossa feito
Reina fruta amora
Agora ameno furta
Antes Venus vulva
Navio vento nuvem
calha telha folha
Pouco merda turva
Ponto porto porta
Pente putas perna
Bunda bolsa grana
Deita grama groza
Polvo pêlos prosa
Muído mundo filma
Atual mente frota
Geral mente volta
Manco fundo afora
Avião ágora agora
Sonho Ícaro Mário....
Valsa
poeta falha.
tanta tinta falsa
sinto muito tanto
cinco quase falta
canto conto palma.
Mocha
um poema quase matemático.
segunda-feira, 7 de outubro de 2013
Terra Molhada....
Um dia inteiro de calor
uma agonia, um vento que não chega.
Água que brota de minha pele
um mar de sal em minha língua.
Um sorriso é meu refresco
a companhia do amor de gente boa.
No final da tarde
outubro, outono, outrora
outros tempo em que a terra aflora.
O cachoro calado
a sabiá que se encoruja
lua que se apresenta em comunhão.
De repente o céu chora
a terra parece gozar ao ser penetrada
cópula dos deuses
um copo de agua fria depois de um café quente.
Essa folia de pisar em terra molhada
esse prazer de viver esta alegria.
Essa água que cai em prantos
pra acalmar o dia em festa.
Felicidade que contagia.
Mocha
Sitio santa rosa , manha de chuva em outubro
terça-feira, 13 de agosto de 2013
JOVENS
Quem é este senhor no espelho?
Ele me espia na parede da sala
Que tempo é este que me olha e não repara?
Quem é o tempo da pele?
Que passagem é esta?
Sem tempo, sem escala, sem demora
Qual é o tempo da história?
Eles nunca tem hora
eles não tem memória
Eles estão bem na foto
Eles são uma lenda
essa juventude eterna
Retrato sem fenda
sem músculo, sem Glória.
Moisés Chaves
Castelli 12 de agosto, segunda depois da meia noite
sexta-feira, 26 de julho de 2013
poema para se descrever
escrevi alguns poemas, alguns eu guardei, outros não sei onde coloquei......mas encontrei e agora eu posto e aposto.....
uma alma se expoe em palavras
sem fala ele me diz tudo
quando abre sua boca que eu mesmo recebo
conjugo meu verbo no seu
e assim em um instante
somos amantes
vemos livros na estante
percorro seu corpo
leio sua alma
sorrio que quase gargalho
depois de sermos um
ele dorme e eu velo seu sono
apago a luz e acendo meu dia!
Mocha
25 de um mes qualquer
uma alma se expoe em palavras
sem fala ele me diz tudo
quando abre sua boca que eu mesmo recebo
conjugo meu verbo no seu
e assim em um instante
somos amantes
vemos livros na estante
percorro seu corpo
leio sua alma
sorrio que quase gargalho
depois de sermos um
ele dorme e eu velo seu sono
apago a luz e acendo meu dia!
Mocha
25 de um mes qualquer
quarta-feira, 17 de julho de 2013
Para Seu Raimundo Alves Lima, ou simplesmente RAL.....
Quando soube do falecimento do RAL, fiquei um pouco triste pois o conhecia desde a época do antigo jornal O ESTADO, e ele sempre foi muito solicito comigo, tinha um profundo respeito por mim e pela minha carreira, quando nos encontrávamos era sempre um encontro caloroso, divertido...queria ter escrito alguma coisa, mas encontrei quem escreveu melhor que eu poderia ter escrito.... veja você!
Saudade do Ral
“A primeira vez a gente nunca esquece”. Essa frase tão comum, eu a uso para dizer o quanto na minha lembrança ficou o companheiro Ral, pois foi o jornalista Raimundo Nonato Alves de Lima, que primeiro publicou um texto meu na página cultural do Jornal o Estado, em 20 de março de 1984. Guardo até hoje a página 09 desse jornal com muito carinho. Não tive a oportunidade de falar isso para o Ral. Como um operário da palavra, sei a importância do jornalismo para quem trilha no caminho da crônica. Morávamos no mesmo bairro, na Vila Operaria, na antiga rua Paraim, hoje Gabriel Ferreira.
Vim para o Rio de Janeiro em 1974, em período muito difícil politicamente. E quando voltava a Teresina, em período de férias, conversamos muito sobre a questão cultural da cidade. Naquela época, já era visível a influência de Torquato Neto no trabalho de alguns jovens que enveredavam pelo caminho literário.
Em Teresina, quem me fez gostar de poesia foram os cordelistas do antigo mercado que havia ali, ao lado do bar Amazonas, e o compositor do Império do Samba, o senhor Manuel Fininho, passei a gostar dessa escola de samba por causa dele. Eu sempre afirmo que sai do Piauí pela força do destino, mas o Piauí nunca saiu de dentro de mim.
A notícia da morte do Ral mexeu com minha cabeça, um turbilhão de saudade, em minha memória, um passado que ainda está muito vivo, ninguém sai da sua terra impunemente. A gente não se arrepende porque sabe que são as circunstâncias que mudam o percurso do rio pela luta da sobrevivência... Só assim tão distante que a gente sente melhor o sabor de uma cajuína e de um pedaço de doce de buriti. A saudade tem gosto de lágrima...
- Companheiro Ral, que Nossa Senhora do Perpétuo Socorro e São José Operário o receba na Sagrada Família.
“O Verbo encarnado. Verboexpressão. Substrato humano. Ad-verbumlugar: Universo. Contingente: animal linguístico. Falemos na língua da maioria oprimida:
Anti-poevidasia: o cogumelo atômico, a fome, nazifascismo, o Tio Sam, parasitarismo, etc.
Parapoevidasia: o convite ao câncer, a propaganda de cigarro. Projeto de poevidasia: a conquista do pão de cada dia. Fantavidasia é o segmento mais avançado de real nesse processo de semiose, onde o signo se torna símbolo quando vivenciado.
Poevidasia é substância, conteúdo que a arte expressa trans-historicamente. Não só em versos ou em prosa, formas literárias, mas em todo espaço que ocupa, assim como a água e o ar: beba, respire esta essência vital.
Repito, se sou poeta não é pelos versos que faço, mas pela vida que vivo. Sinto-me transparente quando sou lido”.
Esse pequeno texto foi publicado pelo Ral, seguido do poema “Daqui prá e de lá pra cá”, retido do livro “Part-ida”, edição independente que fiz na época. Eis o poema que ele ilustrou com uma foto da Elis Regina:
“Uma estrela cai/ uma estrela sobe: Elis/ Deus te guie, Deus te guie Entre um bêbado/ e uma equilibrista/ pra que uma escola/ superior de guerra?/ É preferível a paz primária./ Pra que carregar estrela no ombro? Se/ no céu, ela tem mais brilho./ Mande notícias/ dos nossos irmãos/
que partiram sem/ despedida./ Talvez eles lá estejam.../ - Gostaria de ouvir/ no rádio este canto.
A imagem que guardarei do Ral será sempre desse período que éramos
jovens andávamos descalço jogando bola no campo da Vila Operária, mas não
alheios aos momentos culturais e políticos do País.
Ataualpa Antonio Pereira Filho
Professor
quinta-feira, 20 de junho de 2013
um bem querer.....
quero copa, quero copo
quero corpo, quero grude
quero educação, quero saúde
quero segurança, quero transporte digno
quero cultura, quero folia
quero dormir tranquilo sabendo que estou fazendo a minha parte quero trabalhar e pagar as minhas contas
quero amor, quero sexo, quero orgia
quero mel, quero lingua, quero o teu suor
quero presente, quero passado, quero alegria
quero agua limpa, quero sol e quero lua
quero chuva, quero fruta, quero fome e quero sede
quero vontade, quero desejo, quero fantasia
quero o real, quero carne, quero ousadia
quero ócio, quero priguiça, quero brisa
quero beijo, quero abraço, quero harmonia
quero choro, quero sal, quero flor
quero pedra, quero ar, quero sabor
quero vento, quero mar, quero sintonia
quero paz, quero ternura, quero gozo
eu quero, eu posso , eu faço minha vida de poesia.....
Mocha
tarde de sol pça do liceu em teresina
segunda-feira, 10 de junho de 2013
CIDADE DE INTERIOR.....
Estou ainda mais encantado com Barras e Campo Maior, cidades do interior do Piauí que se enfeitam e que muito festejam o mes de junho...
Quando chove em junho
o interior da cidade se faz festa
uma alegria de pisar em chão molhado
uma fartura que supera a terra seca
é ver o milho verde, é a farinha na roça
a comida quente na mesa
e o arrasta pé pelo salão
é ver a praça enfeitada de bandeirinhas
uma meia volta , uma viva tela Volpi
é o céu iluminado pelo balão
essa minha fogueira que encandeia a alma
é tanto vestido de chita, tanta trança em cabelo
um falso bigode e o chapéu na mão
é tanta quadrilha dançando forró
é tanta gente cantando um baião
Esse intervalo que vem desse refresco
para esquecer a cidade que nem tem esgoto
que ainda corre a céu aberto
para esquecer tanta insegurança
tanta incerteza, tanta solidão
pra deixar de ser cidade esquecida
onde o tempo congela o tempo
não importa se é inverno ou se é verão
a cidade para , a cidade espera para ser lembrada
naquele momento, naquela estação
Sentado no banco, uma mulher me acena
Senhora do tempo me sorri com as mãos
eu no meio da praça fico esperando a noite que chega
chega de mansinho e o povo se acende em eterna chama
suas motocicletas, suas bicicletas, seus burros de carga
vestem roupas festivas, pintam suas caras
em pura maquiagem pra espalhar em cores
esquecendo assim um pouco as suas dores
então começam a festa, onde comem bem
onde bebem tanto, é festejo pra santo antonio
para são pedro, para são joão
iluminam assim o luar do meu sertão.
Moises Chaves
Sábado em Barras
domingo em Campo Maior,, cidades do interior do Piaui 08 e 09 de junho de 2013
Quando chove em junho
o interior da cidade se faz festa
uma alegria de pisar em chão molhado
uma fartura que supera a terra seca
é ver o milho verde, é a farinha na roça
a comida quente na mesa
e o arrasta pé pelo salão
é ver a praça enfeitada de bandeirinhas
uma meia volta , uma viva tela Volpi
é o céu iluminado pelo balão
essa minha fogueira que encandeia a alma
é tanto vestido de chita, tanta trança em cabelo
um falso bigode e o chapéu na mão
é tanta quadrilha dançando forró
é tanta gente cantando um baião
Esse intervalo que vem desse refresco
para esquecer a cidade que nem tem esgoto
que ainda corre a céu aberto
para esquecer tanta insegurança
tanta incerteza, tanta solidão
pra deixar de ser cidade esquecida
onde o tempo congela o tempo
não importa se é inverno ou se é verão
a cidade para , a cidade espera para ser lembrada
naquele momento, naquela estação
Sentado no banco, uma mulher me acena
Senhora do tempo me sorri com as mãos
eu no meio da praça fico esperando a noite que chega
chega de mansinho e o povo se acende em eterna chama
suas motocicletas, suas bicicletas, seus burros de carga
vestem roupas festivas, pintam suas caras
em pura maquiagem pra espalhar em cores
esquecendo assim um pouco as suas dores
então começam a festa, onde comem bem
onde bebem tanto, é festejo pra santo antonio
para são pedro, para são joão
iluminam assim o luar do meu sertão.
Moises Chaves
Sábado em Barras
domingo em Campo Maior,, cidades do interior do Piaui 08 e 09 de junho de 2013
quarta-feira, 29 de maio de 2013
O ARTISTA MARCADO PARA MORRER....
quarta-feira, 22 de maio de 2013
poeminha de barro
Barros na Parede, Adélia na Janela
uma fome bate na porta
uma sede espia pela janela
tenho o mundo em minhas mãos
mas não sei fazer meu proprio prato
sobraram migalhas do meu biscoito de ontem
tenho trigo e não sei fazer o pão
começo a aprender a dosar minhas misturas
entre Adélia e Manuel
fico no Prado e beijo meu Barros
e assim desenho meu poema no chão.
Mocha
tarde de 21 de maio de 2013
pça do liceu.
uma fome bate na porta
uma sede espia pela janela
tenho o mundo em minhas mãos
mas não sei fazer meu proprio prato
sobraram migalhas do meu biscoito de ontem
tenho trigo e não sei fazer o pão
começo a aprender a dosar minhas misturas
entre Adélia e Manuel
fico no Prado e beijo meu Barros
e assim desenho meu poema no chão.
Mocha
tarde de 21 de maio de 2013
pça do liceu.
segunda-feira, 20 de maio de 2013
menino na rede
quando eu percebo
que chamei seu nome em vão
não adianta mais clamar por João
pois o nome dele é placebo
passa o dia inteiro vivendo na rede
a casa pega fogo
os cachorros deixam vestigios organicos
as pessoas entram
as pessoas saem
ele não dá conta de nada
quando a chuva cai
quando o sol aparece
parece que tanto faz
e ele ali grudado no computador.
Se voce precisa, ele não acredita
Se voce pede, faz que não ouve
Se voce briga, ele tira onda.
Não tem mais respeito
será que tem jeito desse adolescente virar homem feito?
Mocha
um dia qualquer , de mes qualquer e um futuro incerto.
Se voce tem adolescente em casa , tambem é assim?
segunda-feira, 22 de abril de 2013
iguais
quando te olho diferente no espelho
sei que algo não mudou
nem sempre voce ri
nem mesmo chora por que quer
voce é diferente
as vezes homem
em outra mulher
mas a certeza ninguem pensa sequer
os olhos dos outros não te refletem
o pensar dos outros que aparece
não é o espelho do seu jogo
mas o campo é todo seu
essa esfinge seu reflexo
nesse espelho que lhe cabe
transcende tua imagem
sua alma é que aparece.
Mocha
Barras, piaui domingo 21 de abril de 2013
quinta-feira, 18 de abril de 2013
Cheiro da manha
cheiro da manha
a manha é tempo de espera
sem passo ou janela
o passaro que voa da gaiola
a hora que bate o desejo
a vontade que em si devora
uma parte que te espera
a outra que já foi embora
fica apenas o cheiro da pessoa pelo quarto
e a pele queimada pelo teu calor em minha carne.
mocha
13 de abril de 2013
sábado, 6 de abril de 2013
ARVORE NA ESTRADA.....
UMA MOCHILA NAS COSTAS
UMA SACOLA NA MÃO
UMA ESTRADA VAZIA
UMA LUZ QUE TE SEGUE
UMA BRISA LA FORA
E VOCE BEM SOZINHO
SEM CHAPEU, SEM LOBO
E SEM A VOVOZINHA
AS CRIANÇAS QUERENDO TEU DOCE
OBSERVO O CHORO DE DUAS MENINAS
SAIO A RUA NAO VEJO SAÍDA
VEJO UM OLHAR QUE DESPEDE E ELE É UM AÇOITE
QUANDO A CENA DA NOITE APARECE
NESTA NOITE MEU CASTELO É UMA MURALHA
NA CIDADE QUE A ARVORE INSPIRA
O CAPITÃO GANCHO QUE VEIO DE CAMPOS
NÃO ERA CAMPO DE MARTE
NEM MESMO CAMPO MAIOR
ERA UMA CIDADE A PARTE
NO MEIO DA ESTRADA
AMANHA EU DE NOVO NA ESTRADA
NO CAMINHO QUE ABRI PRO OUTRO E PRA MIM
NÃO PRECISO DE UM MAR
POIS NAVEGAR É PRECISO
O TEATRO DA VIDA QUE SEGUE
NESSA VIDA ESCOLHIDA E SEM FIM
POIS O SHOW , ELE NUNCA TERMINA.
MOISES CHAVES
CAPITÃO DE CAMPOS 06 DE ABRIL DE 2013
quinta-feira, 21 de março de 2013
A espera e o abandono....
ontem pela manha fiquei durante duas horas e meia esperando um onibus na estrada PI-112, me senti tão mal pois não conseguia ligar para justificar meu atraso....deu nisso!
A
ESPERA E O ABANDONO
duas horas e meia esperando um
onibus que não veio
uma estrada mal feita, um
transporte quebrado
uma falta de tudo
falta segurança, falta saúde
agora falta transporte
me senti abandonado
o que mais eu espero?
perdi meu tempo, perdi trabalho
perdi meu dia
só não quero me perder no meio
do caminho
será que ainda tem caminho?
um carro de vidros pretos passa
por mim
um politico corrupto que mora
na caçimba
ele parece que não ve
ele parece que não vive
ele não quer aparecer
ele não precisa de onibus, ele
não precisa da estrada
me pergunto - do que ele precisa?
depois de uma longa espera
voltei pra casa com uma dor
um vazio, um abandono
um telefone que não funciona
uma internet que não chega
preciso enviar sinais de fogo
meus olhos vermelhos tristes
denunciam meu cansaço, minha
indignação
eu me olho e vejo o meu espanto
ligo a televisão.....
mais um bandido solto
mais um ladrão absolvido
mais um roubo no meu bolso, no
meu rosto
o que será que ainda falta?
só se me tirarem a visão.......
o que será que será?
moises chaves
sitio santa rosa manha de 20 de março de 2013
terça-feira, 12 de março de 2013
Ela
Sem importancia
Ela sangra , ela escova, ela limpa
ela fia, ela tece , ela guia
ela ama, ela briga, ela cria
ela cuida, ela lava, ela escreve
ela varre, ela espera, ela espia
ela confessa, ela esconde, ela grita
ela goza, ela treme, ela fita
ela escuta, ela reza, ela clama
ela chora, ela brinca, ela não se cansa
ela leva, ela ensina, ela busca
ela embala, ela vela, ela nunca se esquece
ela envelhece, ela rejuvenesce , ela começa de novo
ela mal se levanta, ela não dorme,
ela faz coisas que até Deus duvida.
ela , simplesmente ela!
Só as mulheres mesmo!
parabens pelo dia internacional da mulher
Mocha , rio 8 de março de 2013
Ela sangra , ela escova, ela limpa
ela fia, ela tece , ela guia
ela ama, ela briga, ela cria
ela cuida, ela lava, ela escreve
ela varre, ela espera, ela espia
ela confessa, ela esconde, ela grita
ela goza, ela treme, ela fita
ela escuta, ela reza, ela clama
ela chora, ela brinca, ela não se cansa
ela leva, ela ensina, ela busca
ela embala, ela vela, ela nunca se esquece
ela envelhece, ela rejuvenesce , ela começa de novo
ela mal se levanta, ela não dorme,
ela faz coisas que até Deus duvida.
ela , simplesmente ela!
Só as mulheres mesmo!
parabens pelo dia internacional da mulher
Mocha , rio 8 de março de 2013
quinta-feira, 7 de março de 2013
SEM NET....
a solidao da noite não apavora
ser só na noite se arvora
plantio tardio de colheta precoce
ser só e amplificado pelo olhar noturno
musica silenciosa em pleno deserto
uma noite um sertão um oceano
não há sede que se mate sem desejo
a peleja do sono na ponta da agulha
uma vitrola , um violino ou viola
madrugada serena com calor
sem diário se escreve em lençois
um balançar na rede
um cantaroiar na net
somos todos iguais nesta noite.
Mocha
ser só na noite se arvora
plantio tardio de colheta precoce
ser só e amplificado pelo olhar noturno
musica silenciosa em pleno deserto
uma noite um sertão um oceano
não há sede que se mate sem desejo
a peleja do sono na ponta da agulha
uma vitrola , um violino ou viola
madrugada serena com calor
sem diário se escreve em lençois
um balançar na rede
um cantaroiar na net
somos todos iguais nesta noite.
Mocha
Rio, madrugada 7 de março de 2013
domingo, 3 de março de 2013
uma capivara no meio do caminho....
para meu Piauí.....
Eu saio do meu lugar, mas eu não saio do meu chão, começo dizendo isto por que hoje em plena tarde de verão , um sol maravilhoso em pleno calor de Petrópolis depois de alguns dias de chuva e frio, fui presenteado , digo assim mesmo: presenteado por uma imagem comovente, não sei como chamar o coletivo de capivaras então só digo que havia um grupo de capivaras em plena avenida Barão do Rio Branco próximo ao centro da cidade imperial e eu imediatamente pedi a minha amiga Fátima Medeiros que encostasse o carro pois eu queria muito observá-las de mais perto e registrar aquele momento, para mim bastante significativo. De alguma forma aquelas capivaras queriam me dizer alguma coisa, com se dissesem pra eu não esquecer de quem eu sou , esteja onde eu estiver, pois vou carregar para sempre o meu lugar: o sitio Santa Rosa na Cacimba Velha, a casa de Maricota perto de Teresina, a capital do Piauí, explico bem para deixar bem claro a minha origem.
Por alguns instante fiz uma viajem ancestral, parecia que as pedras de Petrópolis eram as pedras de São Raimundo Nonato e eu ali parado, observando e sendo observado e em nenhum momento elas se assustaram comigo e nem tão pouco eu com elas parecia que de alguma forma eu fazia parte do bando, ouve uma troca de olhares, olhares de encantamento como se aquele encontro estivesse marcado em algum calendário. Riso e um choro melancólico na alma, um choque , um raio em pleno céu, um céu azul...-Meu Deus que coisa mais linda!, ouvi um senhor exclamando , ele havia descido do carro também e estava tão maravilhado quanto Nós, pois acreditem eu e Fátima nos encontrávamos em um estado de verdadeira contemplação. As capivaras estranharam a chegada das outras pessoas e isso foi um sinal para que fossemos embora. Mas de alguma forma elas foram comigo e eu fiquei ali com elas como convém quando existe um elo divino entre os seres.
Jamais vou esquecer aquela cena, jamais vou esquecer de Teresina, e não peço a ninguém que acredite nessa história, pois se não fosse o acaso ela com certeza jamais aconteceria. Penso as vezes por qual motivo as pessoas nascem em certos lugares, por que certos lugares expulsam as pessoas? Por que certos lugares recebem certas pessoas? Tem certas coisas que eu nunca vou entender, tem certas coisas que eu jamais vou negociar, tem certas coisas que eu jamais vou esquecer, tem outras que eu prefiro nem lembrar, mas com certeza as coisas boas jamais serão esquecidas e é por isso que de alguma forma eu jamais saí do meu lugar, uma ponte, uma ligação, um elo que sei nunca , nunca mesmo se quebrará!
Como os olhos do passado da Capivara e um presente que me chegou na hora exata, assim hoje não escrevi nenhum poema, nem ao menos pude entalhar em uma rocha, preferi escrever uma dor crônica que de certa forma alivia meu pensamento, e alegra meu coração que não foi , não é e nem jamais será de Pedra.
Moisés Chaves
Petrópolis , 03 de março de 2013
Eu saio do meu lugar, mas eu não saio do meu chão, começo dizendo isto por que hoje em plena tarde de verão , um sol maravilhoso em pleno calor de Petrópolis depois de alguns dias de chuva e frio, fui presenteado , digo assim mesmo: presenteado por uma imagem comovente, não sei como chamar o coletivo de capivaras então só digo que havia um grupo de capivaras em plena avenida Barão do Rio Branco próximo ao centro da cidade imperial e eu imediatamente pedi a minha amiga Fátima Medeiros que encostasse o carro pois eu queria muito observá-las de mais perto e registrar aquele momento, para mim bastante significativo. De alguma forma aquelas capivaras queriam me dizer alguma coisa, com se dissesem pra eu não esquecer de quem eu sou , esteja onde eu estiver, pois vou carregar para sempre o meu lugar: o sitio Santa Rosa na Cacimba Velha, a casa de Maricota perto de Teresina, a capital do Piauí, explico bem para deixar bem claro a minha origem.
Por alguns instante fiz uma viajem ancestral, parecia que as pedras de Petrópolis eram as pedras de São Raimundo Nonato e eu ali parado, observando e sendo observado e em nenhum momento elas se assustaram comigo e nem tão pouco eu com elas parecia que de alguma forma eu fazia parte do bando, ouve uma troca de olhares, olhares de encantamento como se aquele encontro estivesse marcado em algum calendário. Riso e um choro melancólico na alma, um choque , um raio em pleno céu, um céu azul...-Meu Deus que coisa mais linda!, ouvi um senhor exclamando , ele havia descido do carro também e estava tão maravilhado quanto Nós, pois acreditem eu e Fátima nos encontrávamos em um estado de verdadeira contemplação. As capivaras estranharam a chegada das outras pessoas e isso foi um sinal para que fossemos embora. Mas de alguma forma elas foram comigo e eu fiquei ali com elas como convém quando existe um elo divino entre os seres.
Jamais vou esquecer aquela cena, jamais vou esquecer de Teresina, e não peço a ninguém que acredite nessa história, pois se não fosse o acaso ela com certeza jamais aconteceria. Penso as vezes por qual motivo as pessoas nascem em certos lugares, por que certos lugares expulsam as pessoas? Por que certos lugares recebem certas pessoas? Tem certas coisas que eu nunca vou entender, tem certas coisas que eu jamais vou negociar, tem certas coisas que eu jamais vou esquecer, tem outras que eu prefiro nem lembrar, mas com certeza as coisas boas jamais serão esquecidas e é por isso que de alguma forma eu jamais saí do meu lugar, uma ponte, uma ligação, um elo que sei nunca , nunca mesmo se quebrará!
Como os olhos do passado da Capivara e um presente que me chegou na hora exata, assim hoje não escrevi nenhum poema, nem ao menos pude entalhar em uma rocha, preferi escrever uma dor crônica que de certa forma alivia meu pensamento, e alegra meu coração que não foi , não é e nem jamais será de Pedra.
Moisés Chaves
Petrópolis , 03 de março de 2013
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