quarta-feira, 22 de agosto de 2012

poema elétrico





Eu vou fazer uma cena elástica
para entender sua cabeça estética
Não vou ouvir uma canção estática
nem relembrar de uma paixão platônica

Eu quiz fazer um ie-iê romântico
pra revelar o nosso amor patético
voce bebeu e fez o maior escândalo
nem percebeu meu ar aristocrático

Eu bem tentei cruzar todo atlântico
usei assim todo arsenal ibérico
viajei em voos de helicóptero
e naveguei seu espaço cibernético

Queria agora um amor asiático
para com paciência e sem ser melodramático
pegar voce sem uma rima lógica
e sorrirmos juntos de nosso  amor tão  trágico ......

para meu amor francês....
madrugada do dia 21 de maio de 2011



sexta-feira, 10 de agosto de 2012

alcova suja....




Um poeta bebado com cheiro  de cigarro
me convida , me convence a conhecer a sua alma
calmamente intranquilo erge o copo e me olha
um sorriso do gato de alice que convida  a conhecer a sua alcova

Quero lhe sorrir e lhe dizer que não preciso
pois sua casa estava em sua própria alma
um quarto a meia luz que se mostrava em suas palavras
e o seu suor que escorria  em sua testa, lhe denunciava

Um olhar quente que dizia mais que tudo
o carro vermelho, mais vermelho que seu sangue
Uma tristeza alegre que carregava em suas costas
seria a luz que convencia a madrugada

uma despedida aconteceu sem nenhum beijo
uma vontade que não precisa tradução
toque  de mãos que pareciam ter um grude
um abraço que acalmava a solidão....

Moises Chaves
madrugada no caneleiro, beira do Rio em Teresina....