terça-feira, 27 de setembro de 2016

Minha asa é o teu abraço.




Quando volto, nem preciso bater a porta
pois eu sei estar aberto o teu peito a me esperar.
Teu braço esquerdo é a minha asa
Nossas brigas,  pouco importam
pois teu corpo é minha natural morada.

Tua pele , é onde habito
teu suor e minha lágrima se confundem , se parecem em  oceano.
Esse mar que vai e vem, vem e sai
eterno porto onde respiro, pra onde volto sempre depois de navegar em outras águas.

Sem palavras, nos falamos em silencio
o vento  e o mar  de nossas almas
balançam na rede da varanda.
eu sou o pano da vela  e sua linha me pontua
esse amor que se cruza em desalinho.


Mocha, manhã de setembro de 2016


sexta-feira, 16 de setembro de 2016

O homem da montanha


Quase vi a face de deus gravada na montanha


Ele  cruzou rios 
Havia  entre ele mesmo,  duas montanhas!
Se equilibrava em fio invisivel
um sopro de alegria
um riso no circo
Paixão de picadeiro. 
Nutria-se de amor por  sua mulher,  
ganhava o  pão  e alimentava os filhos.

Belo homem para uma mulher, 
uma mulher só
Parecia um touro saindo da caverna
mas tinha rosas na boca
Couro pelejado, pele áspera
com coração mole e riso forte, quase dócil.

O rio o levou pra ele, um abraço mortal
como convém aos deuses e aos cordeiros.

Fica uma luz, essa vela mágica que somente Deus pode assoprar
mas que não se apaga!


Mocha
noite de sexta, setembro, sitio Santa Rosa.

quinta-feira, 15 de setembro de 2016

Ao Mar


Ao Mar



Preciso ver o mar
olhá-lo, contemplá-lo, mergulhá-lo
Ver o oceano em mim
esvaziar uma maré e me encher de amor
Amar o mar, a tarde que é manha
Manhã que arrebenta e me arrebata.
Sou náufrago em terra firme,
só me sinto humano quando me abraço com as águas. O mar as vezes sai pelos meus olhos.


Mocha