quinta-feira, 16 de setembro de 2010

o que voce vai fazer quando crescer?....ou a linda estória do pequeno Nicolau.






Sai do cinema artplex em botafogo agora há pouco com os olhos marejados e o coração repleto de felicidade depois de ter assistido o delicioso filme LE PETIT NICOLAS, por indicação melodiosa de uma querida amiga, que já tinha visto a película. Gentem o filme é indicado para crianças e de alguma maneira, ainda sob o efeito Nina, adiantei as coisas no trabalho e fui para a sessão das 16:40h onde somente eu e algumas poucas pessoas estávamos na sala de projeção.
A narrativa de uma história aparentemente simples te pega do modo mais singelo e comovente.: a infância de Nicolau e seu grupo de amigos de escola, a professora , o inspetor, o diretor, a família de cada um deles e a chegada de mais um irmãozinho no seio destas famílias.O garoto que faz o Papel tem aquela beleza tipicamente infantil e uns olhos que te prendem como se tivesse visto o mar pela primeira vez.Os Pais de Nicolau dão um tempero primoroso em suas interpretações, assim como a professora substituta que destacam-se num elenco composto de incontáveis talentos.
Até mesmo quando o Roteiro pesa como no caso do suposto sequestro orquestrado pelos meninos diante da possibilidade da chegada do irmão beira a comédia de erros.Em nenhum momento o andamento do filme cansa e qualquer pessoa com o mínimo de sensibilidade entrega-se atentamente para saber como a história vai terminar.
Ai reside o segredo do filme, e um dia quando você talvez abrir o teu velho álbum de fotografias amareladas pelo tempo, você vai sorrir e vai chorar num misto de lembranças e de vivências que estarão sempre com você.
Só o cinema é capaz de te dá momentos como esse que eu vivi agora num fim de tarde em botafogo, e por alguns instantes lembrei dos amigos que tenho e lembrei daqueles que também perdi e da importância que eles tem , tiveram e ainda vão ter, mesmo aqueles que de alguma forma me magoaram profundamente por uma dessas peças que o destino te pregou. Perdoar não é fácil, mas é necessário e o que fica é um sentimento de que de alguma forma você vai acabar esquecendo, pra poder viver outras e novas maravilhosas histórias.Quanto a eles virarão paginas que você amassou pois eram apenas rascunhos de uma amizade. As verdadeira ,essas sim , essas sobrevivem e valem a pena serem guardadas como relicários e fixadas na parede na memória.

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

A vida por um fio....





Voce já parou pra pensar em algum minuto de sua vida, que a qualquer momento voce pode não estar mais aqui? Que por um segundo a vida pode te dá um susto repentino pra voce receber um sacode? Meu Deus! O que está acontecendo? O que pode acontecer comigo ou com as pessoas que voce ama, gosta ou admira? E com voce?
Períodos de turbulencia te levam a repensar, a ficar queito, a olhar as coisas de outro modo, de valorizar cada detalhe que parecia por vezes imperceptivel.Quando foi a ultima vez que voce agradeceu por estar vivo? Quando foi que voce fez as coisas que voce gosta de fazer? De estar com quem voce gosta? de dividir um momento que seja como uma partida de futebol do seu time favorito? Ou de degustar um prato da comida mais gostosa ouvindo a gargalhada da pessoa mais querida? De chorar com aquela cena de cinema ou se agarrar na poltrona tremendo de medo apesar de saber que aquilo tudo é mera fantasia? Ou caminhar pela praia e ver o por do sol tomando algo pra aplacar o calor? Ou deliciar-se com um bom vinho numa noite fria vendo as sombras se multiplicarem pelas labaredas do fogo na parede da casa, do quarto?

Não é fácil perceber que tudo pode ser tirado de voce num milésimo de segundo, e que as condições de saúde, de segurança, de educação que o teu país oferece não são lá essas coisas? É muito triste voce ver pessoas queridas que não tiveram dignidade no atendimento médico e que tiveram suas vidas ceifadas em corredores de hospitais que mais parecem visões do inferno, atendidas por médicos que não médicos num país que não pode ser chamado de pátria. Ao mesmo tempo se voce tiver um plano de saúde, a coisa parece outra, mas o lado humano parece o mesmo. pois só o que interessa é o dinheiro que eles arrecadam com os desmandos e negociatas espúrias de um jogo de interesses entre eles mesmos.

Vivemos sem saber o que pode nos acontecer em cada esquina desse enorme país. Não temos mais esperança de que essa realidade possa vir a mudar. Onde existe um porto seguro pra eu dizer que se alguma coisa me acontecer eu possa me agarrar a ele? Quem paga essa conta diaria da imcopentencia administrativa e de uma imunidade que franqueia o crime.... é como se dissessem descaradamente que é permitido roubar, matar, basta ter dinheiro que voce compra um lugar no céu de brigadeiro, parece um sonho, mas não é ....é um pesadelo que voce ve todos os dias , basta olhar pro lado, ou precisar de algo que te de certeza de que voce pode contar com aquilo, mas no fundo tem a incerteza. Está tudo por um fio....Um fio de esperança que está despedaçado, embora suas teias sejam gigantescas e os que deviam fortalecer a rede de segurança para amparar a tua queda, constroem paraquedas pra amenizarem seus próprios precipicios!

Voce tem medo?

Eu não tenho mais!

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

A grande montanha que chora......

Quis o Deus que por um desses acasos do destino,eu passasse meu aniversário domingo passado, 5 de setembro,em Petropolis,onde havia morado doze anos atrás na casa de minha grande amiga Fátima Medeiros. A cidade era a mesma?,A casa era a mesma?
Eu, era o mesmo? Algo em tudo pouco havia mudado,e minhas obervações ficaram guardadas até hoje para virem a tona. Foi umn almoço em familia maravilhoso preparado pela mãos mágicas de Fátima,que se tornou uma eximia chefe de cozinha,me fazendo lembrar o quanto a comida do Piauí é especial.Conversamos muito à mesa durante todo o ritual com direito à entrada,prato principal e sobremesa,além de um bolo de feliz aniversário preparado especialmente para minha pessoa,quase não aguento de tanta felicidade. Logo após o almoço saímos para dar uma volta pela cidade, onde revi lugares bastante significativos para mim. Mesmo com tanto carinho, claro que não deixei ninguem perceber,havia um vazio e uma falta de pessoas muito importantes para mim e que eu gostaria que estivesse ali comigo naquele momento,embora soubesse que havia motivos que justificassem e muito a ausencia destas pessoas. Ai então, me lembrei da montanha que olhava da minha janela,apenas ela não havia mudado, estava lá altiva, inflexivel,parada no tempo....e eu ao olhá-la no meu furtivo e festivo regresso fiquei a pensar...na minha pequenez humana diante da montanha, da giganteca pedra de itaipava,a pedra que chorava e parecera sempre imbativel,a mim pelo menos....e me dei conta de quanto a nossa capacidade de crescer, de nos emocionar, de mudar pode parecer um passo enorme para a montanha, se ela pudesse falar....Mas sei que ela fala,ela fala comigo desde que a conheci e fiquei aos seus pés no meu ritual humano de admiração e perplexidade.
Agora sei por que minha montanha chora,ela não pode se curvar, por isso mesmo ela vai se fortalecendo cada vaz mais , na dependencia da ação humana,ela parece tão grande que nenhum vento forte pode derrubá-la,mas qualquer mão humana munida do segredo da pólvora pode detoná-la em fração de segundos. Quanto a mim,prefiro-a do jeito como ela sempre foi , do jeito como ela é ,do jeito que desejo que ela sempre será e de como mesmo sendo humano jamais cometerei nenhum ato de vandalismo para com ela.
Aprendi muito olhando aquela monntanha durante o tempo que ali havia morado, e nessa minha volta olhei muito rapidamente para ela ,mas sei que o tempo todo ela esteve olhando por mim.