quarta-feira, 8 de setembro de 2010

A grande montanha que chora......

Quis o Deus que por um desses acasos do destino,eu passasse meu aniversário domingo passado, 5 de setembro,em Petropolis,onde havia morado doze anos atrás na casa de minha grande amiga Fátima Medeiros. A cidade era a mesma?,A casa era a mesma?
Eu, era o mesmo? Algo em tudo pouco havia mudado,e minhas obervações ficaram guardadas até hoje para virem a tona. Foi umn almoço em familia maravilhoso preparado pela mãos mágicas de Fátima,que se tornou uma eximia chefe de cozinha,me fazendo lembrar o quanto a comida do Piauí é especial.Conversamos muito à mesa durante todo o ritual com direito à entrada,prato principal e sobremesa,além de um bolo de feliz aniversário preparado especialmente para minha pessoa,quase não aguento de tanta felicidade. Logo após o almoço saímos para dar uma volta pela cidade, onde revi lugares bastante significativos para mim. Mesmo com tanto carinho, claro que não deixei ninguem perceber,havia um vazio e uma falta de pessoas muito importantes para mim e que eu gostaria que estivesse ali comigo naquele momento,embora soubesse que havia motivos que justificassem e muito a ausencia destas pessoas. Ai então, me lembrei da montanha que olhava da minha janela,apenas ela não havia mudado, estava lá altiva, inflexivel,parada no tempo....e eu ao olhá-la no meu furtivo e festivo regresso fiquei a pensar...na minha pequenez humana diante da montanha, da giganteca pedra de itaipava,a pedra que chorava e parecera sempre imbativel,a mim pelo menos....e me dei conta de quanto a nossa capacidade de crescer, de nos emocionar, de mudar pode parecer um passo enorme para a montanha, se ela pudesse falar....Mas sei que ela fala,ela fala comigo desde que a conheci e fiquei aos seus pés no meu ritual humano de admiração e perplexidade.
Agora sei por que minha montanha chora,ela não pode se curvar, por isso mesmo ela vai se fortalecendo cada vaz mais , na dependencia da ação humana,ela parece tão grande que nenhum vento forte pode derrubá-la,mas qualquer mão humana munida do segredo da pólvora pode detoná-la em fração de segundos. Quanto a mim,prefiro-a do jeito como ela sempre foi , do jeito como ela é ,do jeito que desejo que ela sempre será e de como mesmo sendo humano jamais cometerei nenhum ato de vandalismo para com ela.
Aprendi muito olhando aquela monntanha durante o tempo que ali havia morado, e nessa minha volta olhei muito rapidamente para ela ,mas sei que o tempo todo ela esteve olhando por mim.

2 comentários:

  1. Legal, MOisés. Como está minha terra e a Pedra do Retiro? Mas o principal, como está a amiga Fatima que não vejo desde que viajou para a Índia? Adriana

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  2. Lindo vc!
    Desejo q sua sensibilidade brilhe, sempre, a cada aniversário, a cada novo dia q chegar ate vc.
    Beijos e saudades

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