quinta-feira, 12 de março de 2015

Comer





A palavra alimenta minha boca
quando de outra boca me vem o silêncio.
Essa boca que me cala mansamente
e  invade  a alma.
Sua Lingua e sua mão em minha carne
então sou tua mãe e tua pátria.
Comunicação imediata, 
esses signos que nos guiam em pleno breu.
Quando o verbo se fez carne
em cada canto desta casa
nem tão santa, nem profana
tua axila , é meu teto, e eu a  tua  morada.
Nós moramos um no outro em plena rua
e depois namoramos pelo escuro da cidade
Essa clareza que alumia esta província
e querem  vê a nossa mesa então vazia.


Mocha
Teresina , manha de março

terça-feira, 10 de março de 2015

Calma Inquietação


Por não ser alegre, por não ser triste
e talvez por não ser poeta.
Trago em mim os riscos, e gosto dos incertos, 
ando em becos e ruas vadias,
já bebi em copos descartáveis,
e me entreguei ao desconhecido.
Mergulho dentro de mim
e me espalho em olhos da madrugada.
Se hoje eu gosto do sol
quantas noites escuras já compartilhei.
Hoje me descubro ,tenho o dia e a noite,
habitam em mim o claro e o escuro.
As vezes enxergo nas sombras
na luz eu fujo ao calor
A minha hora pode não ser a sua
meu relógio é inquieto
minha esperança mora entre a luz do crepúsculo
e o escuro da manhã.
Minha alma as vezes mora fora de meu corpo
e quando volta, me traz essa calma inquietação.
Mocha
sitio santa rosa, noite de quinta feira

segunda-feira, 2 de março de 2015

DE ÉCOLE

DE école,


Hoje cruzo a baía
amanhã cruzarei o céu.
Faço o sinal da cruz e ajoelho...

agradeço as bençãos..
Lavo o rosto e levo a briza
entre o Rio e Teresina,
ainda uma garotinha esperando o avião da escolha, sozinha.
Decolo e me desloco
o leme é que me guia.
Na passagem da minha escola
quem desfila é a poesia.




Mocha.
Niterói, manha de segunda feira 2 de março