quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

O TEATRO PARTE IV


 A ARTE QUE CONTAGIA  por Luilna Oliveira



O que falar de algo tão mágico, tão especial? As palavras até nos faltam quando este algo é o teatro, a arte que nos apaixona, nos contagia, nos acende.
Há muitos anos atrás, talvez sem nenhuma ou com todas as prentensões surgiu o teatro que em seu significado etimológico quer dizer  ver, olhar, contemplar.  E é este impacto que temos primeiramente, o de contemplar a beleza desta arte. Ela nos faz modificar modos de vida, interesses pessoais, talvez, sem pretensões...
Com o passar dos tempos, despretenciosamente, a arte do teatro começou a ter papel importantíssimo na vida de quem por ele se encanta. Não é difícil entendermos porque o teatro é tão impactante para nós, pois  com ele  muitas vezes através dos atores em cena  vemos  n ossas vidas, nosso dia a dia ou o que queremos viver e assim ao trazermos estas experiências para o nosso cotidiano , modificamos-o e somos por ele modificados.
No teatro temos a certeza e sentimos a leveza que a arte pode oferecer para quem com ela se delicia, para quem nela se joga totalmente  e é subitamente tomado por uma paixão que não cessa e que nos leva a querer mais, a nos entregar mais,  a fazermos melhor a cada ensaio e/ou a cada apresentação. A  leveza é sentida quando a cadencia de falas e de corpos se interagem tornando algo perfeito e único. Não dá para explicar com toda a gama de letras e  das palavras o que o teatro faz conosco pois como dito anteriormente: é algo mágico!
Muitas vezes ainda nos deparamos com um certo descaso que ainda é visível para com a dramaturgia, especialmente com o teatro, pois este apesar de sua importância e de ser impactante e de interagir diretamente com o público, passando-lhes emoção e energia  a cada ato, ainda é visto com menosprezo por alguns e continua em muitos casos inacessível para alguns e é totalmente desprezado por outros.
Precisamos mudar este quadro, revolucionarmos e fazermos teatro por onde passarmos e demonstrarmos o amor pelo teatro e fazermos brotar mesmo naqueles que passam ao largo, eles terem vontade de se embriagar no vinho da dramaturgia teatral.
Cada olhar, cada gesto, cada ação de um ator nos fala muito e tem tamanho impacto que chega a  ser imensurável o poder que exerce sobre nós, e este sentimento é apenas uma pequena parte da beleza que o teatro pode nos oferecer. Este contemplar milimétrico sobre cada cena, cenário, figurino, iluminação, trilha sonora e a delicadeza dos movimentos por mínimos que eles sejam, eles nos levam a certeza que esta arte é algo divino e contagiante.

Aluna: Luilna Virginia Alves Oliveira em 26/01/13 

Mocha
Rio 31 de janeiro de 2013

o teatro parte III


mais post do material produzido pelos alunos do curso de teatro nas férias realizado na Casa da Cultura de Teresina, agora posto o texto do Péricles Avelino , biólogo e professor....


TEATRO:AUTODESCOBERTA por Péricles Avelino Freitas Filho




Em termos técnicos , teatro vem do grego” O&aTpoV”(tréatron) que significa “ um  lugar as vistas”. È uma das mais belas artes em que um ator ou um conjunto de atores interpreta uma história  ou atividades  ao público. Deixando de lado o conceito  tecnocrata, o “ver” do teatro não é apenas direcionar a visão ao local em evidencia: “mas sim , ter uma experiência intensa, envolvente, meditativa, inquiridora, a fim de descobrir o significado mais profundo, uma cuidadosa e deliberada visão visão que interpreta seu objeto”(theologocal  dictionary  of  the new testament, vol 5).
As origens do teatro perdem-se no tempo e saõ difíceis de serem provadas. , o fato se dar pelo teatro se dar como uma vela acesa em meio às trevas, seu brilho prá encantar durante sua candeia e após o total consumo de seu combustível , nsada mais restará, a não ser a lembrança do brilho. Uma teoria aponta que as primeiras manifestações teatrais começaram  por volta de 80.000 AC., nessa época , o homem primitivo realizava rituais, os estudiosos acreditam que tais rituais eram compostos por imitações e representaçõesdos anseios humanos. Se a necessidade era a caçá para obtenção de carne, uma cena de caça era dramatizada, saciando em parte a necessidade psicológica da fome. Tal prática observamos hoje em  dia  aos olhos  de nossos infantes , onde em sua brincadeiras pueris, nos mostram  a mais espontânea  das cenas de dramaturgia.
Na Grecia antiga, os heelnos perceberam e sentiram o belo.  Daí surgiu uma necessidade organizacional  para definir  o que vem a ser teatro.  Nesse palco histórico, Ésquilo, o Ateniense, criou a tragédia, ele aumentou de personagens e com isso a densidade da trama, levando o teatro a um nível mais complexo.
Do outro lado do mundo, a china despontava em seu vasto e desunido império. Relatos históricos apontam que, enquanto o ocidente preocupava-se com o teatro de falas  e expressão corporal, a China e o Japão mostravam a arte teatral  ligada inexorávelmente  à musica  e a coreografia.
Por iguais veredas, segue o teatro árabe. Com a peculiaridade de grande importância dada a musica e dança sobre a atuação. Ao norte do mundo a Europa era povoada por eslavos, onde o fio do machado e a cerveja forte deixaram um árdua labor refletindo em uma dramaturgia repleta de heróis em sua épica demanda, hoje refletido no peculiar teatro épico romano.
No Brasil, o teatro foi imposto inicialmente por nossos colonos. Como principal missão era a catequese, destacam-se padres e líderes católicos como grandes dramaturgos, porem com a miscigenação visível  e inexorável, o Brasil foi agraciado com uma sólida dramaturgia de variedades. A ditadura militar tentou sufocar a produção teatral, mas nunca ofuscou a criatividade, que , qual um cachorro que passoumuito tempo atado a correntes, celebrou com uma rápida e diversa alegria criativa.
Ao fim de toda história, nos resta assitir a vida sendo explicada no palco pla  alma de um ator, pois o teatro é um valioso atalho na jornada humana pelo caminho do autoconhecimento.

o teatro parte II



Continuo a postar material produzido pelo alunos do curso de teatro nas férias relizado na Casa da Cultura de Teresina numa realização da Fundação Municipal de Cultura Mons. Chaves da Prefeitura Municipal de Teresina, desta vez o texto é  de Taísa Cavalcante, estudante de direito da UESPI   e uma autentica observadora, um olhar apurado sobre as coisas.....


O TEATRO por Taísa Silva Cavalcante



Sempre fui apaixonada pela ideia do palco, das luzes e refletores. Como sou do interior, na minha pequena cidade não tem teatro , lembro de assistir filmes que continham  cenas no teatro, principalmente filmes de época – e  ficar me imaginando nos camarotes assistindo maravilhada a arte em ação e ficar me imaginando no palco, sendo o artista que está nos olhos do público, sendo o artista mágico que faz o invisível se tornar palpável.

O tempo passou e a paixão pelo teatro só aumentava.  Hoje posso dizer que não imaginava que havia tanto a ser apreendido. Depois da experiência vivida nas ultimas duas semanas passo a compreender  o teatro além da fábrica de sonhos que eu vislumbrava  quando criança, vejo-o como uma fábrica de realizações! Fábrica de sentimentos, de emoções , de personagens, de histórias de vida, de superação, de disciplina, de choros, de sorrisos, de canções, de poesias,de confiança, de luz, de energia.

Teatro hoje para mim, é ver o outro. É não desistir de ninguém. É aprender técnicas , é estudar, pesquisar, ter compreensão do que se está fazendo, do que se está dirigindo e/ou interpretando, é ter paixão pela leitura, “quem  lê muito, fala melhor”,é fazer um arcoiris de palavras e no final achar os tesouros escondidos na própria alma, é colocar pra fora a emoção retida e dominar o monstro interior. É uma construção dia após dia, é um livro que nunca terminará de ser escrito, é fazer do faz de conta uma verdade e da verdade um faz de conta.
Teatro é como se fosse....

Certamente ainda sou aquela criança apaixonada pelo palco e pela luz, apaixonada pela ideia de levar alegria e e moção, apaixonada pela magia que coloca o artista dentro dos olhos da plateia.
Cada aplauso será como um pulsar desenfreado que anseia que as cortinas não se fechem e que a peça recomece.

Teresina 26 de janeiro de 2013
Rio de janeiro 31 de janeiro de 2013

quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

o teatro


Hoje peço permissão de minha meia duzia de leitores pois  deixo de lado os poemas, para abrir  espaço aqui no blog para publicar textos produzidos pelos alunos  que fizeram o curso de teatro nas férias realizado na Casa da Cultura de Teresina , que aconteceu de 14 a 26 de janeiro de 2013 , promovido pela Fundação Municipal de Cultura Monsenhor Chaves da Prefeitura Municipal de Teresina. Aproveito tambem  para informar que publicarei os diários de bordos feitos pelos mesmos. Espero contribuir assim para a difusão  da arte teatral e para a formação de platéia no Brasil. O primeiro a ser publicado é do aluno Gabriel , de apenas 14 anos....vejam ai!


O TEATRO
 por Gabriel Carreiro Cavalcante




O teatro é muito mais do que peças, falas decoradas, figurinos e etc...o teatro é passar verdade, envolver o público, fazê-lo sentir emoções que partiram de um simples movimento.
Todos temos atores dentro de nós, todos temos monstros, basta abrir o cadeado e deixar eles saírem de dentro de nós, devemos domar a fera para que ela não devore a gente e usá-la a nosso favor.
O verdadeiro teatro é aquele em que o ator se entrega completamente a arte e ter convicção que não é ele , é o personagem, e se doar, tudo em amor ao teatro.
Hoje eu vejo o teatro como minha casa, onde eu me sinto sendo eu e o palco é o meu quarto, onde está o meu lado mais íntimo, que eu escondo dentro de mim.
O Teatro é ter um olhar dilatado sobre o mundo, é pegar movimentos simples  e transformá-los em ações surpreendentes, e assim começar a construir um espetáculo.
O teatro é vida, é morte, é amor, é ódio, o teatro é paradoxo, é muito mais do que quatro paredes, cadeiras e um palco, o teatro é o próprio ator que dá a sua vida pela arte e pelo amor.
O ator é aquele que vê o que a maioria não vê e cresce sem diminuir os outros.
O teatro nos ensina que dependemos dos outros e devemos respeito, Nós aprendemos  a não encarar os problemas como dificuldades, mas como alguma coisa que podemos domar  e usar a nosso favor. 

26 de janeiro de 2013 - Casa da Cultura de Teresina.

sábado, 26 de janeiro de 2013

jovem poema

os poetas do espaço vazio
encheram a rua de alegria
o calçadão quase parou para ver
o bloco do teatro, da musica e da poesia

meninos e meninas , nossa linda juventude

as pessoas olham e perguntam - o que é isso?
eles passam, se divertem em cada esquina
dizem tudo com segurança e atitude.
brilharam nos olhos dos outros
tão acesos, tão solares, levitantes
um cortejo cheio de graça até a igreja
uma ode a Teresina , um hino que se festeja.

uma harmonia tão vibrante

eles são os instrumentos suas proprias baterias
elegeram o teatro em suas vidas
e fizeram na cidade uma elegia.

Moises Chaves,
Teresina , encerramento do curso dde teatro nas férias na casa da cultura de Teresina.

Estou muito feliz com o resultado do curso....muito obrigado a voce, a voce , a voces.....

quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

"ler ou não ler , eis a questão......






Escrever é uma árdua e leve tarefa, mas ler é um exercício que faço sem o menor pesar, como se  me permitisse  ser invadido pelas palavras vivas que pulsam no papel.... ultimamente tenho me deliciado com jovens autores que me surpreenderam, claro que cada um a sua maneira, uns mais profundamente que o outro, mas com a rara qualidade de me emocionar racionalmente. Desde que  tive a oportunidade e o prazer  de  ler os livros de Lucas Arantes, Luiza Trigo, Vanessa Trajano e principalmente o Livro “A CASA DE ISABEL” de Clara Mello, tenho sempre que possível me dedicado a leitura de jovens autores seja pelos blogs ou por textos avulsos que me são enviados ou entregues  por mãos trêmulas e olhos vislubrantes.

São poemas, crônicas, contos, peças de teatro, capítulos de livros ainda em construção  e  curiosamente aconteceu ontem durante minha viajem de volta ao sitio da Caçimba Velha e por  o ônibus estar  em um engarrafamento, vi as pessoas impacientes e pra me distrair peguei em minha bolsa uns textos que me foram entregues por Cairo Bruno, jovem estudante de direito e aluno no meu curso de teatro nas férias , e comecei a ler , e fui lendo um, e depois o outro e depois o outro....e quando vi  já tinha lido os três : uma crônica “TODA PALAVRA É UMA NUVEM DE FUMAÇA”  sobre dois jovens poetas(Nara e Caetano)  presos e torturados pela ditadura, um monólogo ainda por finalizar :  BE  ATRIZ   e o quarto capitulo de um livro que narra a cena de um filho e de um pai em uma casa para onde  acabaram de mudar para Londres e  relação de construção de intimidade que convem a um pai e a um filho quando são cúmplices e a adoração e admiração que se estabelece entre os dois.

Quando terminei de ler , observei que haviam vários estudantes ainda fardados e  eles  estavam me observando como se eu fosse um ET, e fiquei imaginando   e me  perguntando  o por que da surpresa por eu estar lendo um livro em pleno ônibus?  Qual foi o ultimo livro  que alguns  deles leram? Se gostavam da Escola? Se tinham Objetivos na vida? Se se esforçavam prazeirosamente em aprender  e exercitar o conteúdo esplanado em sala de aula? Se tinham respeito e admiração por seus professores?....Fiquei com uma vontade imensa de compartilhar com eles os livros que já li e dizer-lhes o quanto eles foram importantes na minha vida, e se pudesse apresentá-los aos autores , aos jovens autores que me referi acima.Ah se eu pudesse!

Manha de quinta feira do dia 24 de janeiro de 2013
na casa da cultura de teresina, pça saraiva