sexta-feira, 10 de agosto de 2012

alcova suja....




Um poeta bebado com cheiro  de cigarro
me convida , me convence a conhecer a sua alma
calmamente intranquilo erge o copo e me olha
um sorriso do gato de alice que convida  a conhecer a sua alcova

Quero lhe sorrir e lhe dizer que não preciso
pois sua casa estava em sua própria alma
um quarto a meia luz que se mostrava em suas palavras
e o seu suor que escorria  em sua testa, lhe denunciava

Um olhar quente que dizia mais que tudo
o carro vermelho, mais vermelho que seu sangue
Uma tristeza alegre que carregava em suas costas
seria a luz que convencia a madrugada

uma despedida aconteceu sem nenhum beijo
uma vontade que não precisa tradução
toque  de mãos que pareciam ter um grude
um abraço que acalmava a solidão....

Moises Chaves
madrugada no caneleiro, beira do Rio em Teresina....

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