Quem um dia sonhou em ser alguém
saiu da própria terra, pensando
que era sua , mas descobriu que é de ninguém
Essa terra
medéia que mata os próprios filhos
pra atingir um
amor que seu nunca fôra, nem nunca será seu.
Sempre abre as pernas pra tudo o que for de fora
Mesmo sendo
Gaia, age tal qual urano quando não
permite
ver o sol, a quem está dentro dela.
Quando vir o
rebento , seu umbigo é sempre quase mal cortado
E como se fora
enterro , ele é jogado em pleno relento.
Uma tristeza tamanha , mesmo tanta magóa
era tanta espera
de quem vai pra fora.
Quando fora de
casa, procura seu rumo
quase nunca ri e
muito pouco chora.
È a seca chegando e ele recordando seu
triste lamento.
Mas ninguem se importa com a sua dor
pois ela é
somente sua, e sua própria terra nunca lhe deu nada.
Quando lhe perguntam - Que terra é esta?
E
ele quase grita - é terra maldita que ninguém mais acredita, e
que virou piada
lá pra outras bandas....
Mas isso é somente o seu pensamento e ele não responde
Pois se vira
verbo , dói na própria carne, e eu então respondo:
Essa terra é minha e eu sei que é minha e ninguem me tira
vou brigar por
ela pois eu sei que é minha e a quero de volta
muito lhe tenho
orgulho pois foi e sempre será o meu eterno berço
lhe tenho tanto
amor e isso é o que me gira
e dessa minha
dor , eu faço o meu samba.....
E assim começa uma nova história do povo sertanejo
Neste samba canção que dói no coração
por isso eu canto assim:
O meu boi viveu, ele não foi morto em plena serafim
O meu boi viveu e viva esse meu canto alegre,
O meu boi viveu e viva esse meu canto alegre,
pra que ninguém mais pergunte: o que será de mim?
Mocha
Calor carioca de 40 graus igual a minha terra, a verdadeira terra.
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