Para Torquato e Heli,
Quando quis fazer o seu rumo
sobre a ponte que nunca se partiu
Não deixando pedras no seu caminho
o menino pegou asas , e foi viajar
Quem estava dentro pode olhar de fora
sem pedir licença pra espiar.
Em breves lâminas,caneta em punho
botão ligado ,ele ficou sem ar
Esse menino quando embarcou
pediram a mãe que não mais chorasse
fosse coragem
Pediram ao Pai que não se machucasse
sem o seu sorriso e sem o saber eles vão chorar
pois o seu cristal fora interrompido
onde os castros todos vão lhe atraiçoar
Sem praça,nem sobrevoo sobre sua cabeça
sina matadouro , virou alvo impuro no rio das bestas
Um boi que se lambe, sempre corroendo as suas mazelas
Sua carne servida sem a cajuína sem qualquer valor
Não aguentou respirar o ar Mário, nem ser relicário
e depois de morto , ele virou história
Partiu o poeta, ficou o Velô(Rio)
Ficou sem o seu Rio da Parnaíba,sem o seu Rio de janeiro e de fevereiro
Mas nunca teve
Seu Salvador!
Moisés Chaves
praia do coqueiro/ rua assunção
05/12 e 08/12
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ResponderExcluirviva Torquato!!
ResponderExcluirTodos os aplausos a esse belíssimo escrito...Visceral! Para ler, reler e assimilar se possível...Bjos na sua alma sensível...
ResponderExcluirSempre lhe seguindo...bjos na alma
ResponderExcluirMaravilha, Moisés! Beijos.
ResponderExcluirMoisés meu querido, você como sempre, arrasando em seus poemas. Falar de Torquato, necessita de muita responsa. E você sabe, de uma forma sua, aclamar a esse saudoso todo nosso Torquato. BEijos teresinenses e agraciados.
ResponderExcluirVirou poeta! Nosso mito nos persegue. O maior conflito talvez seja o fato de o interesse maior recair sempre no gesto existencial de Torquato e menos em seu percurso poético com a linguagem.
ResponderExcluirMas é um bom poema testemunhal, de aferição de valores pra geração seguinte, de balanço das heranças, da angústia da influência de que nos fala o Harold Bloom.