quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

A chuva e a seca




Meu voo solitário sobre o deserto onde cai a chuva
onde meus fantasmas dormem,para minha sorte a lágrima é sina
Meu pouso inesperado em que fui levado de volta, uma mão na luva
Nesse meu acerto de encontrar talvez a resposta em tristeresina

A cidade onde sorri o próximo quando voce se aprochega
que te embala na rede,abranda teu calor e te poe na boca o mel
mas que se hidrata com as tuas lágrimas se voce for besta
de não olhar pro chão em que voce nasceu e que é o seu céu

Alguns te querem inferno, numa loucura que só atrapalha
tanto talento, tanta insegurança e nenhuma estima
muita autoridade muita reclusão e um fogo de palha
e uma simplicidade que na academia nem sequer se ensina

Meu Rio Teresina, minha ilha presa nas garras da história
eu fico feliz mesmo por um triz de atravessar tuas ruas
abro o meu peito sem mostrar o amor que guardo na memória
tantas vezes volte, talzes tenha sorte de minhas paredes nuas


Moisés chaves
tarde chuvosa do outro lado do rio em Teresina
15 de dezembro de 2010

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