quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Bid na FUNDAC.....quem Diria!


Quis postar alguma coisa que manifestasse meu apoio a indicação da atriz Bid Lima para a presidencia da FUNDAC, mas o querido Maneco Nascimento o fez tão brilhantemente, que reproduzo aqui e assino em baixo.....


To na torcida Bid.....





Quem indica

Quem é socorrinha?

por maneco nascimento


”Tenho visto tanta coisa
Nesse mundo de meu Deus
Coisas que prum cearense
Não existe explicação
Qualquer pinguinho de chuva
Fazer uma inundação
Moça se vestir de cobra
E dizer que é distração (...)”
(No Ceará Não Tem Disso Não/Luíz Gonzaga)

Como diz o poeta popular em sua realeza bem empreendida na manifestação do baião brasileiro, há coisas que espantam pela novidade. Já há outras que na aparência pálida espantam pela falta de melhor apresentação de existência prática na sociedade equilibrada.

Sobre a segunda possibilidade de espanto, algo que tem causado espécie nos últimos dois dias em Teresina foi a indicação de uma atriz da cidade para a pasta da Fundação Cultural do Estado – Fundac, “Bid Lima é indicada para presidência da Fundac com aval de Fábio Novo” (Flash Yala Sena – yalasena@cidadeverde.com/04/01/11, às 14h.15m).

No mesmo portal, com nova postagem às 17h.17m, do mesmo dia 04 de janeiro de 2011, o lide traz a informação de que “ Setores do PT reclamam da indicação de Bid Lima para Fundac” e no sub-lide “Socorrinha do PT ameaça realizar movimento contra a nomeação da atriz para presidir fundação.”

No dito popular, “bucha de canhão”, “boi de piranha” ou “pau mandado” seriam algumas das classificações dadas a quem pareça virar moleque de recados dos com pouca coragem em apresentar-se para contraargumentar sobre algo que não pareça “agradar” a interesses privadinhos.

De mais a mais, alguma subtração deveria acontecer na hora de arrumação de cargos e novas diretrizes de governo de outra legenda e, naturalmente, não daria para sustentar tanta gente. Alguns parecem não ter entendido matemática elementar.

Em novas circunstâncias, alguns deverão ceder lugar a outras escolhas porque a máquina avança e novos azeites precisam ser manufaturados e, sem apologia a fisiologismo, deve-se engolir remédio mesmo que amargo, quem sabe para sanar deficiências de passado já velho, porque o mundo urge.

“Essa moça não entende de cultura. Não é porque ela realizou um festival da Rabeca que isso lhe dar crédito para assumir a Fundac. Ela não é filiada ao PT e nem faz parte de qualquer movimento cultural”, disse Socorrinha da Silva. (Flash Yala Sena – yalasena@cidadeverde.com/04/01/11, às 17h17m)

Até essa boa surpresa de nomear uma artista fora da casta petista de cultura inclusiva e fisiológica de esquerda centralizadora, confesso não ter ouvido falar na personagem desse círculo de interesse por manter-se apregado a contracheques, nem saber ainda quem é socorrinha, do PT.

Caso essa polêmica tivesse sido corajosamente encabeçada por alguém do partido com referências e méritos de atuação, especialmente na área da cultura, a estranheza seria menor. Mas por desconhecer-se trabalho realizado pela polêmica integrante do partido, talvez tenha-se que esperar aparecer caciques de militância para dar apoio moral ao discurso, aparentemente inflamado pelo sentimento da roda dos enjeitados”.


Já no contra ataque, artistas fora dos setores culturais do partido manifestam sua disposição em fazer cumprir a democracia da livre escolha de quem apontou Marlenildes Bid Lima para gerir o setor cultural do estado. Franklin Wendel, ator, escritor, jornalista e diretor de teatro também se posiciona em carta aberta lançada à cidade.

“(...) A Nomeação de Bid Lima é uma justiça feita por serviços prestados por mais de 13 anos na cultura piauiense (...) Com um trabalho que atravessa fronteiras, sim, pois ela já representou o Piauí duas vezes em Portugal, Cabo Verde e com convite para turnê européia, e formada em Artes pela Universidade Federal do Piauí, a mesma está ausente de Teresina por estar participando de caravana cultural por lugares onde muitos dos faladores de plantão nem sabem que existe. (Carta Aberta - Franklin Wendel/04 de janeiro de 2011)


Qualquer rumo que possa tomar esse ruído na comunicação dos novos rumos de gestão da cultura estadual, há que se compreender que folhas de pagamento se sana com redefinição de melhorias em gestão e a aposta no novo realinha o jogo para perspectivas fora do dado viciado.

O Novo, talvez já esteja na compreensão desse lance revigorante. Partido talvez fique quem sofra de apego a cargos e contracheques como lagarta à vida mansa de devorar folhas nascidas da natureza confortável.

Espanto ou distração, a sorte está lançada. Ganhe o jogo quem melhor estiver indicado. E, talvez ao final dessa celeuma se acabe descobrindo: que é socorrinha?

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