sou de teresina,ator e diretor de teatro formado pela escola de teatro gomes campos, e canto por que o instante existe o que me deixa um artista completo pois tambem já dancei, já fui contraregra, produtor executivo, professor de natação, diretor artistico, gerente de bar.... enfim um brasileiro que trabalha com muita dedicação no teatro e dirijo a ctc- companhia de teatro da cidade....
segunda-feira, 17 de janeiro de 2011
uma mulher, um cachorro e uma corda.....
Sabe aquelas imagens que não saem da tua cabeça, e te pertubam por dias , por horas, por semanas?...Enfim uma impressão pode durar uma vida inteira. Passei o final de semana pensando na mulher que foi sensacionalmente salva na tragédia que assola o meu lindo estado do Rio, ela e os seus dois cachorros estavam no terraço do que outrora fora sua casa à espera do socorro que veio do prédio vizinho enquanto as aguas com uma força colossal derrubavam e destruiam tudo o que havia a sua frente!..
Durante o seu resgate fiquei preso aquela imagem e não desgrudava meus olhos da tela da tv, enquanto pensava em minha irmã agda, em vilmar meu cunhado e meus sobrinhos guilherme e bernardo, e em todos aqueles queridos que moram em Niterói naquela tragédia quando o bumba caiu! O tempo passa e a história se repete... o cenário é o mesmo e os personagens mudam, ou melhor parecem imutáveis!...
A imagem da mulher na tentativa deseperada de salvar o seu cachorro, agarrada a ele como quem se agarra a uma história e não quer perde-la de jeito nenhum...que tentativa vã. pois o cachorro se foi e levou um pouco de sua dona consigo!... a dona dele ficou viva embora uma parte dela tenha morrido com seu bicho de estimação!
Estamos fadados a perder e a deixar aqueles que amamos perdidos quando nos ausentamos, mas a história continua e o Rio segue seu curso, natural? A normalidade e a sensação de impotencia diante das tragédias estão aparentemente nos deixando mais frios.. não quero perder a capacidade de me emocionar e de comover, mas sobretudo quero nunca deixar de me indignar e colocar pra fora meu grito por mais cidadania e mais respeito pela vida humana , e saber quando me resignar quando a história for realmente sobrehumana!
Moisés Chaves
Praça do liceu Teresina tarde calorosa do dia 17 de janeiro
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É lamentável né amigo, as cenas de Petrópolis fiz está poesia a cena torturou minha mente.
ResponderExcluirUm abraço
(Solano)
Onde estará o meu cachorro
Dei um salto para vida
As águas desse o morro
Minha casa demolida
Onde está o meu cachorro
Meu sorriso se escondeu
Eu estou salva e viva
Dos meus braço se perdeu
Onde estará o meu cachorro