
Na quarta curva do teu corpo encontrei todo teu ventre
depois de me deixar guiar pelo teu cheiro, eu fiquei de todo inteiro
percorri tuas linhas como quem mata a tua sede
te dei toda minha pele e fiquei meio fagueiro
Antes no corredor, sem as meias já percoria a tua sombra
fui guiado como o vento e deixei minha alma nua
passo a passo olho no olho pra chegar na tua porta
invasor de minha entranha e da minha alma tua
Sua pele minha roupa no teu olho que me despe
tua lingua minha meta e que segue a curva incerta
queimo no teu fogo e assombro os teus pelos
vou como invado a tua porta toda aberta
Me embriago com teu cheiro e mergulho em teu suor
sinto o doce do morder da tua lingua e quase grito num sussuro
adormeço não descanso, não esqueço e te contemplo
passageiro que adormece no silencio desse escuro
Teresina madrugada chuvosa do dia 11 de janeiro de 2011
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