sou de teresina,ator e diretor de teatro formado pela escola de teatro gomes campos, e canto por que o instante existe o que me deixa um artista completo pois tambem já dancei, já fui contraregra, produtor executivo, professor de natação, diretor artistico, gerente de bar.... enfim um brasileiro que trabalha com muita dedicação no teatro e dirijo a ctc- companhia de teatro da cidade....
sexta-feira, 12 de novembro de 2010
A crônica de um poema anunciado
Há algum tempo que poemas me veem aflorando e não os consigo reter,alguns estou postando , outros precisam ser refeitos pois estão na incubadora, existem ainda aqueles que nasceram mortos e poderão de certa forma em algum momento renascer. Esta inquietude tem me acalmado a ansiedade de querer fazer milhões de coisa ao mesmo tempo, não precisa ser literal demais e levar minha hipérbole ao pé da letra. Tenho pensado bastante no sentido e no signicado das palavras desde que uma propaganda de inauguração de um shoping em Teresina levou novamente meu estado natal ao anedotário brasileiro e virou piada nacional. Que peso tem uma palavra?,que forma voce imagina ao ouvir uma designação de uma coisa e imediatamente associá-la a outra? . Pensando nisso fiquei a imaginar como se forma uma palavra,sua origem, seu sentido e suas múltiplas interpretações. Uma letra sozinha tem uma força,uma sílaba se torna maior do que uma letra e uma palavra formada por sílabas se torna ainda maior....e assim por diante até formar-se uma frase e construir-se um período ou vários que formarão consequentemente um texto.
Chego a conclusaõ que um texto não é maior do que uma palavra,pois ela isoladamente pode destrui-lo com a força de um tufão ,ou então ser capaz de amaciá-lo ou tornar uma situação vexatória um pouco mais amena quando se fala com jeitinho. A força da palavra estará somente nela? Ou no sentido exato que ela representa ? Ou nas inúmeras interpretações e uso que pode se fazer dela?.Velha pode ter o sentido de usada, se usada for como adjetivo , e as vezes pode ter o sentido de substantivo carinhoso como quando papai dizia:- Vem cá minha Velha!Poderia citar inúmeros exemplos corriqueiros do dia a dia para exemplificar meu pensamento. O que me deixa triste é pensar que um shopping center chamado Pintos pudesse ter a repercussão que teve e de acharem que o próprio piauiense não pudesse rir de sua própria situação.Convenhamos que inaugurar um shoping com esse nome e chamar um galãzinho de novela pra dizer um texto, podemos dizer ambíguo, é dá açúcar pra formiga comer ,ou não? O mundo é cruel, e não adianta se fazer de coitadinho( essa palavra é foda!) e querer se esconder em sua própria aldeia.Botou a cara à tapa por que quis!, deu sua palavra por que quis! Agora aguente as pontas. E eu só de sacanagem resolvi fazer o Poema do Pinto. Ele está sendo gerado para depois ser cuspido e escarrado na minha cara e na cara de voces!
Moisés chaves
Rio 12 de novembro de 2010. 17:58
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Devo dizer, primeiro, que o post foi muito bem ilustrado. Embora eu realmente acredite no poder da palavra (em função da intenção pela qual foi dita, insinuada), não podemos descartar o fato de que imagem é tão forte quanto, talvez por ser até mais direta (e também outra forma de linguagem e comunicação).
ResponderExcluirAchei lamentável a criação de um slogan tão peculiar para um shopping já intrigante pelo nome, Pintos. Como quem tem na família tal sobrenome, agradeço muito a minha mãe por não tê-lo passado a mim, porque independente da bobeira que se faça dele, se dá para evitar seu uso, por que não?
Ou então, tudo bem. Vamos honrar o sobrenome e ultrapassar todo o preconceito e chacota... Mas cadê o cuidado com a escolha das palavras? Por que provocar (eu entendi como provocação) possíveis consumidores? A vontade era de chamar atenção e mais nada? Ou realmente conquistar qualquer um? Sendo a segunda opção, considero uma grande falha.
A palavra é, sim, poderosa. Sua intenção, devastadora. E as interpretações diversas da mesma, perigosíssimas. Quem quer que tenha criado o slogan deveria saber... Sabia, não? Sabia?
Pois é Júlia...compartilho do seu pensamento e tomo muito cuidado com a palavra! Contudo não me faço de politicamente correto quando escrevo ou falo alguma coisa,respeitando claro sempre que vai ler ou vai ouvir! um exercício diário de dominio de pensamento e segurança quando for dita e dada a palavra.
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