segunda-feira, 21 de setembro de 2009


um fim de semana perto do coração....



O sitio onde minha mãe mora fica há cerca de 25 km ou 30 km distante do centro de Teresina e é para lá que eu me refugio quando sinto-me cansado precisando de repouso, retiro e afagos e carinhos sem ter fim...semana passada fui antes ...na quinta feira por conta de um problema de família, estávamos quase todos la: minha mãe, meu irmão e irmãs: marcos, márcia, fátima, waldecir e graça, que tbm é minha madrinha; ausentes agda, james, rosely e nazaré. O lugar é simples, velha casa ampla com varanda que aos poucos vai sendo trocada por uma casa nova que está sendo erguida logo atrás como a vida assim me parece, pela lógica e pelo ciclo normal a casa deveria ser erguida na frente como se pudesse e quisesse apagar a outra , a que veio antes...mas é impossível concebê-la sem lembrar da de antes, a anterior, ou a interior...mesmo tão próxima da cidade o lugar remete a outro espaço meio Lobato, meio volta no túnel do tempo. Digo isso pois a nova história da casa gira em torno de Lucrécio, um pequeno pinto abandonado pela galinha mãe, que depois de ter sido quase esmagado pelo Lupi, cachorro sem freio que veio de Barras para tomar conta do sitio, tão danado que agora deu para atacar as galinhas....sim voltando o Lucrécio, ele acha que é gente ou bicho de estimação e agora vive dentro de casa e não sai da barra da saia de Dona Maricota, seguindo-a por todos os lados, como fiel escudeiro, chegando mesmo a assistir televisão junto com ela.

Mesmo passando por uma fase difícil como essa de agora, estamos novamente juntos, relembrando mais do que nunca que somos uma família, onde o problema de um é e sempre será problema de todos. Compreendo que existem diferenças, atritos e preferências, enfim afinidades maiores entre uns e outros não....sabe quando a mãe pergunta : "TODO MUNDO JÁ CHEGOU?....e voce já sabe de quem ela está falando. Dizer que não existe amor diferente para cada um dos filhos é bobagem....existe sim! mas nada que precise de terapia ou que sirva de motivo ou de desculpa para fundamentar nossas carências.... a vida é assim mesmo! amamos a todos , mas cada um é uma história, e cada história tem o seu valor.

Já passamos por muitas, já perdemos nosso pai, mas celebramos como ele viveu, e ele viveu bem, não choramos a morte pela morte, aprendemos que tudo tem fim...mesmo que seja abruptamente...ai fica mais difícil buscar consolo, quando isso acontece temos que ser mais fortes e buscar superação.

Depois de um fim de semana perto dos olhos e do coração, da família, a eterna referencia de nós mesmos, mesmo que nos sintamos diferentes e talvez até sejamos... mas é muito bom voltar e lembrar quem somos nós, de onde viemos, sentir o cheiro molhado da terra do sitio da cacimba velha, do cheiro de cajú, de manga, de correr com os pés descalços, de correr e de brincar com os bichos....isso sim nos dá força pra enfrentar o concreto, a fumaça, a balada, o trabalho, de poder voltar a cidade, ao urbano....meio Adélia prado, meio Cristina césar, mas sem nunca perder a poesia da vida.

beijos e abraços.... até mais!

4 comentários:

  1. Reunir a família é tão gostoso, remete a infância, às coisas boas do passado...

    Texto gostoso de ler e de sentir!

    Beijo, Mocha!

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  2. CONCORDO QUE NÃO EXISTA, COISA MELHOR QUE ESTAR COM A FAMILIA NO FINAL DE SEMANA O TEXTO TA LINDO PARABÉNS!!!

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  3. adoooooro finais de semana, assim.
    bom demais estar juntos dos nossos.
    beijos mô

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