poema do cair da tarde
o que se põe junto com o sol
na segunda em teresina
percorro e rio sozinho as ruas vazias
sem tumultos só deserto
vejo beco vejo bocas as vezes dentes outras não
pessoas tão iguais mas diferentes
passo praças passa gente
passageiro de uma não agonia
cada um na sua vencidos pela cidade nua
a rita disse a gal cantou
no relogio depois das cinco o ponteiro a marcar
meninos homens brincam de equilibrar
malabaristas da calçada do teatro fechado sem platéia
habito a praça tomando um limão gelado
aplacando meu calor, tão calmo fico
no fim da rua quase vejo o sol a se deitar no rio
das grades da ponte uma janela infinita
de onde vejo eu minha cidade
minha necessidade
dependencia da cidade que me fascina
as luzes novas a iluminam
novos rumos, novos lugares que se aninham
se encostam junto a ponte
sem poema sem teorema sem fonema
ingles que não se ensina
se assina
colocando marca nova no vazio que havia
velhos hábitos troca troca
nova cidade que quer ser grande
como a minha pequenina
pelo menos ali onde vejo
ainda vejo minha pequena teresina
onde meus olhos amanha irão se pôr
quando finalmente à tarde finda.
teresina, segunda 29 de junho de 2009
Tenho este poema nos meus alfarrábios... É mais um para a antologia de Mocha que prepararei no futuro. Adoro !!!
ResponderExcluirDesse eu já comentei no orkut. É um poema singelo, fresco, bucolico e melancolico que para mim também, já entrou para os anais de teresina, cajuína cristalina !!!!! Bjos.
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