domingo, 14 de fevereiro de 2016

O DEDO INDICADOR



Nunca fui cheio de dedos
mas os medos tem as mãos
que as vezes tremem.
Mas o meu indicador
que  se junta a minha saliva
vira a página, segue a vida mais segura.

A lauda branca fica escura 
quando  ponho o dedo em plena  ferida
fica esclarecido e sinto  sobretudo uma luz na página,  
sob os  restos de uma frase mal dizida.

Quem é o mais maldito
a palavra que corta o vento
ou o dedo que me aponta em direção contrária
pois meu nariz é quem me guia, quando abaixo a minha cabeça .

As vezes,  me guia pra noite
fico lendo o vampiro as três da madrugada
Olho a palma da minha mão neste cinco contra um
Quem nunca cometeu o milagre de seu toque
que me aponte a direção
que nos faz cruzar a ponte.

Esse jogo que existe entre mim e Deus, 
Como assim convém a todos os  poetas.



Mocha 
manhã de domingo de fevereiro.

Nenhum comentário:

Postar um comentário