terça-feira, 9 de fevereiro de 2016

Falsa Cigana







Tire suas máscaras e me deixe ver a tua epiderme 
Desça de seu salto e pise neste chão, e seja inteira.
Não faça as coisas pela metade, se entregue uma vez, e que seja mesmo , que seja de verdade.
Só aprende a ser estrela, quem entende o próprio verme.

O vermelho de tua boca não nos  fere, nem late e nem rouge
Cheia de espinhos tua alma é,  quase nada, muito perigosa.
Esse vestido não te veste , coisa que se vende em qualquer  mercado.
Nesse jardim , és uma erva tão daninha,mesmo que se apresente de forma faceira, mesmo toda prosa.

A tua dança é toda fria, não tem ritmo , nem emoção.
A ninguem  engana, tua malicia nem chega perto.
Não tens astúcia, nem fogo nos olhos, nem sangue nas veias
nem suor salgado, nem tem cor na pele.
Mesmo sendo aparentemente rosa .és apenas uma folha morta!


Mocha
Fevereiro de 2016

Um comentário:

  1. Este trecho me chamou atenção:"és uma erva tão daninha,mesmo que se apresente de forma faceira, mesmo toda prosa", é como um lobo revestidos de cordeiros que nos rodeia, apresenta se desta forma.

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