terça-feira, 6 de novembro de 2012

poema de outubro



Fiquei com cara de paisagem
olhei no calendário
todos os dias de outubro pareciam não passar
era um não dormir
era um não acordar
era um torpor, um calor que gelava a alma

Vi um rio secar sem mais espanto
queria a vida em goles frescos
um Gullar na mão e um balançar na rede 
não mais poemas
nem música havia
só poesia que não se escreve
só se vivia o tempo de esperar

De repente uma brisa
 uma janela que se abria
um Rio de braços abertos a me esperar  
 um vôo com asas, que não eram minhas
mas que pareciam minhas tamanho era o meu sonhar

agora acordo com a boa nova que vinha do outro
um voar ligeiro que leva de volta ao meu lugar.


Moises Chaves
poente do dia de todos os santos na casa de maricota Teresina 2012
   
  

4 comentários:

  1. nossa, q lindoooo moises, gostei muito - a dor, a saudade, até esse estado de vida estagnado, o não estar, sempre dão belos poemas, e o seu é um dels. gostei mesmo. Senti.

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  2. lindo querido amigo, so falata fazer a musica! bjs e saudades

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  3. Este comentário foi removido pelo autor.

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  4. Acordei hoje com a boa nova , peguei meu amigo Moises Chaves e saimos em ritmo de aventura unimos o jeito bom de trabalhar e o gosto bom de fazer arte junto a Navilouca Produções, desde então não paramos só quando terminAmos o dever cumprido e com isso descobri que realmente eu batizo esse poema de BOA NOVA. Soraya Guimarães

    4 de dezembro de 2012 09:42

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