quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

POEMA DA MADRUGADA




E se agora a meia noite já se pronuncia
se já faz blin blon e escuto em pleno pulso
se já toca o sino, requipe bom que se alardeia
vejo a cidade em movimento que quase nunca dorme

Percebo o movimento lunar numa euforia
Vejo o transformar de Voluntários em seres passionais
E já não peço nada a São Clemente
nessa minha noite vaga
nessa minha quase festa
nossa mesma sina louca
nosso quase olhar que ainda espreita

fogueiras perto do mar que já se acendem
nem mesmo o tempo pode invadir o seu crespúsculo
Percebo o Tom , e ouço Gal que que não tem mais dunas
Patrulha que vigia sem regra a nossa emoção

Lembro de certas coisas que se escrevem
em folhas mortas uma vida que resurge
um palpitar de uma veia que pulsa
coração vagabundo em plena madrugada

Não faço serenata ,nem mesmo samba mudo
eu só torno oculto a minha palavra
Vejo madrugada de um passo tão lento
um torpor vazio, de um quase verbo que não se conjuga

Sinto a nossa carne que não se arrepende
Vejo em nossa busca que não tem mais volta
Uma velha canção que já faz a ronda
De uma frágil noite que se pronuncia

Esperando o amanhecer de uma breve renúncia.


Moises chaves
madrugada no baixo botafogo do dia 09 de dezembro de 2011

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