nem rio

UM RIO SECA DIANTE DE MIM
ELE TEM REPRESA
ELE É A PRESA QUE SEM PRESSA
SE APROXIMA DO FIM

ELE PARECE O RIO ONDE EU ME BANHAVA
ONDE MEUS MERGULHOS ERAM FUNDOS
E VOLTAVA A SUPERFICIE CARMIM

ERA O SOL QUE RUBRAVA NO COMEÇO DA NOITE
VISÃO DA CIDADE QUE NÃO TEM COMEÇO,SEM MEIO NEM FIM

QUASE JÁ NÃO ME MOLHO ONDE ANTES ERA RIO
HOJE EU SÓ OLHO, PARO E VEJO SUA ANGUSTIA
LEMBRO DO RIO QUE CALMAMENTE PASSAVA
COMO ANUNCIANDO QUE A VIDA COMEÇOU
ERAM TEMPOS DE AGUAS CLARAS
SOMENTE A NOITE ERA ESCURA E A LUA CALADA
E O SEU BRILHO BATIA NA ÁGUAS E REFLETIA EM MIM

HOJE SOU EU QUE TRAGO UM RIO DENTRO DOS MEUS OLHOS
DE VEZ EM QUANDO UMA GOTA CAI PELOS CANTOS E MOLHA SEU LEITO
COMO QUE PEDINDO PRA ELE NÃO SECAR
EU UM HOMEM FERIDO VENDO UM RIO DEIXAR DE EXISTIR.....


moises chaves
cais do rio parnaiba .....manha de uma segunda feira...setembro 2011