
Naquela segunda manhã chuvosa
da minha janela móvel eu vi um homem
sentado em cima da mureta da ponte sobre o rio
Imóvel, sozinho, sem margem
Na cidade onde sua imagem ninguem percebia
Fiquei pensando no homem que passou por mim
olhei para trás e ele parado, comigo mexia
e quanto mais me afastava dele, mais e mais
perto, perto dele eu me sentia.
Lágrimas caiam do céu sobre Nós
e o mundo ia e vinha,e não o via
e a via expressa, pessoas com pressa
sem tempo pra ver a ilusão do dia
Olhei as janelas, fechei minha cortina
e nenhuma porta pra ele se abria
o Homem na ponte, o carro que andava
os olhos de chuva, imagens que passam
pessoas que brotam, efeito poesia!
Moisés chaves
Teresina, manha do dia 15 de fevereiro sobre a ponte jk
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